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Termo técnico não é estilo, diz professor
DA REDAÇÃO
É preciso diferenciar os termos
técnicos jurídicos da linguagem
rebuscada. Enquanto aqueles têm
uma função, esta faz parte de um
estilo que pode ser eliminado.
Segundo Tércio Sampaio Ferraz
Júnior, professor titular da faculdade de direito da USP, o termo
técnico, se tem a desvantagem de
não ser compreendido por todos,
tem a vantagem de fixar um sentido preciso para a palavra.
"Todas as ciências e profissões
têm seu jargão. No direito, isso é
mais complicado. Em princípio, a
linguagem, pelo menos a da lei,
deve ser clara e acessível", afirma
Ferraz Júnior, autor do livro "Direito, retórica e comunicação".
O professor considera "em certa
medida desejáveis" iniciativas para eliminar ou diminuir o "juridiquês", mas acha "muito difícil
vencer o rebuscamento."
Termos respeitosos, como
"Egrégio Tribunal" e "Colenda
Câmara", são comuns nas peças
judiciais. Exagero? Talvez. Mas,
para o advogado Bruno Batista da
Costa Oliveira, "no processo, há
os que pedem, os que opinam e os
que mandam. Aos advogados,
que vão pedir alguma coisa, convém pedir com educação".
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