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Inocêncio descarta antecipar a CPMF
da Sucursal de Brasília
O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), descartou a
possibilidade de prorrogação da
cobrança da CPMF (Contribuição
Provisória sobre Movimentação)
sem o cumprimento do prazo de
carência de 90 dias, após a eventual
aprovação do projeto na Câmara.
"Devemos ter bom senso", disse.
A proposta de emenda constitucional que prorroga a cobrança da
CPMF (imposto do cheque) por 36
meses e aumenta a alíquota de
0,20% para 0,38% foi aprovada em
segundo turno no Senado nesta semana. Precisa ainda ser aprovada
em dois turnos na Câmara.
O líder do PSDB na Câmara, Aécio Neves (MG), considera que a
cobrança de parte da alíquota poderá entrar em vigor imediatamente após a promulgação da
emenda.
Segundo o líder tucano, o governo poderia continuar cobrando a
alíquota de 0,20% (que vigorava
até ontem), com a justificativa de
que a cobrança seria apenas uma
prorrogação.
Apenas a diferença de 0,18% (do
total de 0,38% proposto) teria de
esperar a chamada "noventena"
para ser cobrada.
"Há um prazo razoável entre o
fim da contribuição e a aprovação
do projeto", disse Inocêncio.
˛
Acelerar votação
Na próxima semana, os aliados
deverão votar uma mudança no
regimento interno da Câmara para
acelerar a votação da emenda da
CPMF.
Eles vão tentar cortar a etapa da
discussão na comissão especial, estabelecida na tramitação de todas
emendas constitucionais, votando
a proposta no plenário logo após a
sua aprovação na CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça). A CCJ
deverá votar a proposta na próxima semana.
Segundo Aécio, a proposta de
tramitação especial para o projeto
de contribuição deverá diminuir
também o prazo de cinco sessões
entre as votações em primeiro e segundo turnos pelo plenário.
A mudança na tramitação poderá antecipar para março a votação
final da emenda, inicialmente prevista pelos líderes governistas para
abril.
A mudança poderá significar um
ganho de R$ 1 bilhão a mais que o
previsto neste ano. A CPMF deverá
render ao governo cerca de R$ 15
bilhões por ano.
˛
Celso Lafer
Os líderes aliados afirmam que
vão aprovar a emenda, mas querem a contrapartida de ações do
governo. "Chegou o tempo de a
equipe econômica mostrar serviço", disse Inocêncio.
A trégua das críticas de líderes
governistas ao Ministério do Desenvolvimento não resistiu ao primeiro mês de criação da nova pasta. Ontem, Inocêncio pediu resultados mais rápidos da atuação do
ministro Celso Lafer.
"É necessário que ele (Lafer) comece a fazer alguma coisa", disse.
O líder pefelista afirmou que a
criação do ministério gerou uma
expectativa que não pode ser frustrada.
Inocêncio criticou também os
empresários que falam em aumento de preços dos produtos.
"É um absurdo que empresas
que produzem no Brasil aumentem seus preços. Devem ter o sentimento de solidariedade", disse.
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