São Paulo, sábado, 23 de janeiro de 1999

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CASO CECI CUNHA
Rocha afirmou não confiar na polícia alagoana
Advogado de Talvane pede a transferência do caso para a PF

da Sucursal de Brasília

O advogado do deputado Talvane Albuquerque (sem partido-AL), José Moura Rocha, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a transferência do inquérito que apura a morte da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL) da Polícia Civil de Alagoas para a Polícia Federal.
"Se (o inquérito) ficar na jurisdição da polícia de Alagoas, vai aparecer gente dizendo que matou até Jesus Cristo", disse. Ele afirmou não confiar na polícia alagoana.
O advogado disse que Albuquerque não mandou matar Ceci Cunha, assassinada em 16 de dezembro de 98, como afirmaram as polícias Civil de Alagoas e Federal.
No entanto, o advogado admitiu que o deputado "em princípio" faltou com o decoro parlamentar, o que poderá levá-lo a perda de mandato, ao manter uma relação "promíscua" e "trágica" com o pistoleiro Maurício Guedes Novaes, o "Chapéu de Couro".
"Considero a relação promíscua, não diferente da relação do deputado Augusto Farias (PFL-AL) e da importância que algumas autoridades estão dando a ele (pistoleiro)", disse Moura Rocha.
A base para as conclusões da polícia foi a fita apresentada por Farias com gravações de conversas telefônicas entre Albuquerque e o pistoleiro. Segundo Farias, Albuquerque contratou "Chapéu de Couro" para matá-lo. A versão foi confirmada pelo pistoleiro.
Apontado pela polícia como um dos executores do crime, José Bezerra Júnior, assessor de Albuquerque, foi preso ontem em João Pessoa. Dois outros assessores, Jadielson Barbosa da Silva e Alécio Alves, foram presos na quinta-feira passada depois de se apresentarem à comissão da Câmara.



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