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SÃO PAULO
Quimioterapia ocorrerá no Incor
Tratamento de Covas começa no sábado
da Reportagem Local
O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), deverá iniciar
no sábado o tratamento de quimioterapia com o objetivo de tentar evitar a eventual multiplicação
de células cancerígenas em seu organismo.
Covas foi submetido em dezembro a cirurgia para retirada de um
tumor maligno na bexiga, que
também foi extraída. O órgão foi
substituído por uma bexiga construída com tecidos do intestino.
Apesar de a cirurgia ter sido considerada bem-sucedida, os médicos afirmam que é impossível saber se permaneceram células cancerígenas no organismo de Covas.
Por isso, decidiram pela quimioterapia, que terá caráter preventivo.
O tratamento é feito com a aplicação intravenosa de drogas. No
caso de Covas, será adotado o modelo ITP, que é uma combinação
de três drogas: ifosfamida, taxol e
platina. O tratamento será feito em
quatro sessões de três dias, com intervalo de três a quatro semanas
entre elas.
Covas vai realizar o tratamento
no Incor (Instituto do Coração),
onde deverá se internar na sexta-feira à noite. O governador não se
afastará do cargo.
Covas deveria ter iniciado a quimioterapia no dia 13 de fevereiro.
O tratamento foi adiado em razão
de uma infecção urinária. Sami
Arap, urologista que integra a
equipe médica responsável pelo
governador, disse que estão sendo
realizados novos exames sobre a
infecção. Segundo Arap, tudo indica que ela já foi controlada.
Efeitos colaterais
O urologista afirmou que o cansaço deverá ser um dos efeitos colaterais nos dois ou três dias seguintes às sessões. Segundo ele,
Covas também deverá ter queda de
cabelo e perda de peso.
Entre outros inconvenientes está
o comprometimento da medula
óssea, responsável pela imunidade
do organismo. Pode haver ainda
náuseas, vômitos e comprometimento renal. Arap ressaltou que a
maioria dos efeitos colaterais pode
ser controlada com remédios.
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