São Paulo, Terça-feira, 23 de Fevereiro de 1999
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SÃO PAULO
Quimioterapia ocorrerá no Incor
Tratamento de Covas começa no sábado


da Reportagem Local

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), deverá iniciar no sábado o tratamento de quimioterapia com o objetivo de tentar evitar a eventual multiplicação de células cancerígenas em seu organismo.
Covas foi submetido em dezembro a cirurgia para retirada de um tumor maligno na bexiga, que também foi extraída. O órgão foi substituído por uma bexiga construída com tecidos do intestino.
Apesar de a cirurgia ter sido considerada bem-sucedida, os médicos afirmam que é impossível saber se permaneceram células cancerígenas no organismo de Covas. Por isso, decidiram pela quimioterapia, que terá caráter preventivo.
O tratamento é feito com a aplicação intravenosa de drogas. No caso de Covas, será adotado o modelo ITP, que é uma combinação de três drogas: ifosfamida, taxol e platina. O tratamento será feito em quatro sessões de três dias, com intervalo de três a quatro semanas entre elas.
Covas vai realizar o tratamento no Incor (Instituto do Coração), onde deverá se internar na sexta-feira à noite. O governador não se afastará do cargo.
Covas deveria ter iniciado a quimioterapia no dia 13 de fevereiro. O tratamento foi adiado em razão de uma infecção urinária. Sami Arap, urologista que integra a equipe médica responsável pelo governador, disse que estão sendo realizados novos exames sobre a infecção. Segundo Arap, tudo indica que ela já foi controlada.

Efeitos colaterais
O urologista afirmou que o cansaço deverá ser um dos efeitos colaterais nos dois ou três dias seguintes às sessões. Segundo ele, Covas também deverá ter queda de cabelo e perda de peso.
Entre outros inconvenientes está o comprometimento da medula óssea, responsável pela imunidade do organismo. Pode haver ainda náuseas, vômitos e comprometimento renal. Arap ressaltou que a maioria dos efeitos colaterais pode ser controlada com remédios.


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