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Promotores buscam documentos
em empresa de Buratti no interior
DA FOLHA RIBEIRÃO
Com mandados de busca e
apreensão e apoio policial, um
grupo do Ministério Público de
Ribeirão Preto esteve ontem em
três endereços, em Jardinópolis e
Ribeirão Preto (314 km de SP), à
caça de documentos da BBS Consultores Associados, empresa que
pertence a Rogério Tadeu Buratti.
Os seis promotores envolvidos
na operação decidiram pedir a
quebra do sigilo fiscal e telefônico
da BBS, que funciona no endereço
da manicure Rosemar Mota Dias,
em Jardinópolis. Ela disse ter
"emprestado" o endereço por R$
240 anuais há dois anos.
Rosemar é filha de Lourdes Perico Dias, copeira do grupo Leão
Leão, do qual Buratti era vice-presidente-executivo até a última
sexta-feira, quando pediu um
afastamento temporário.
Os promotores investigarão todos os contratos firmados pela
Leão Leão com prefeituras petistas no Estado e se a BBS é uma
empresa de Buratti ou pertence à
Leão Leão. "[A BBS] não funciona
no endereço declarado à Receita
Federal. Isso já é um crime", disse
o promotor Aroldo Costa Filho. O
crime é de falsidade ideológica.
No final da tarde, dois promotores foram à sede da BBS, na casa
de Rosemar, onde apreenderam
contas telefônicas, uma reportagem da Folha do dia 19 e um informe de rendimentos da BBS ao
BicBanco no valor de R$ 7.691,83.
A suspeita de a BBS poder pertencer à própria Leão Leão está ligada ao fato de o contador da holding e da empresa de consultoria
ser o mesmo: João Francisco Cândido. Na casa de Cândido, em Ribeirão Preto, estiveram quatro
promotores no final da tarde de
ontem. Do local, foram recolhidos um computador e vários documentos contábeis da BBS.
Tanto Buratti quanto a Leão
Leão disseram que só se manifestarão após serem notificados.
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