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SISTEMA FINANCEIRO
Empresas não teriam como deixar de pagar
Simon quer lei para
imposto mínimo
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O senador Pedro Simon
(PMDB-RS)
afirmou ontem
que vai sugerir,
em visita ao presidente Fernando Henrique
Cardoso, a transformação das
idéias manifestadas anteontem na
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bancos pelo secretário da Receita Federal, Everardo
Maciel, em projeto de lei.
O teor do projeto idealizado por
Simon seria de criar um imposto
mínimo para as empresas, ""como
existe na Argentina, no México e
em outros países".
Amanhã, de acordo com Simon,
haverá uma reunião da CPI dos
Bancos especialmente para o Senado definir como poderá colocar
em prática as sugestões feitas pelo
secretário em seu depoimento.
De qualquer forma, o senador
gaúcho adiantou que, nos próximos dias, visitará FHC e lhe levará
uma cópia da fita com o depoimento de Everardo Maciel.
De acordo com o secretário, cerca de R$ 825 bilhões de recursos
tributáveis estão fora do alcance
do fisco, e, das 66 maiores instituições financeiras do país, 42% (28)
não pagaram Imposto de Renda
em 1997. Por isso, ele defendeu a
criação do imposto mínimo para
todas as empresas. Assim, elas não
teriam como deixar de pagar impostos. Simon quer que vire lei.
FHC
Segundo o porta-voz da Presidência, Georges Lamazière, FHC
pediu a Everardo Maciel que acelere os estudos para o envio de projeto de lei ao Congresso estabelecendo limites para o julgamento de liminares referentes à área tributária, para evitar a sonegação.
O presidente também recomendou a Maciel que retome negociações com o Congresso para a aprovação dos projetos de lei que dispõem sobre sigilo bancário.
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