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Assembléia do
Paraná apura
suposta mesada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Uma comissão de ética da
Assembléia Legislativa do
Paraná começou a ouvir ontem os primeiros deputados
envolvidos em denúncias da
existência de uma modalidade de "mensalão" no Estado.
O caso surgiu há duas semanas quando, em entrevista a uma rádio, o governador
Roberto Requião (PMDB)
disse que o deputado estadual Edson Praczyk (PL)
propôs receber, em troca de
apoio, R$ 45 mil por mês como verba publicitária para a
rádio em que trabalha.
A denúncia repercutiu na
Assembléia na segunda-feira seguinte, quando o deputado acusado e Renato Gaúcho (PDT) disseram que a
proposta de cota mensal para publicidade partiu dos líderes do governo na Casa e
do secretário da Comunicação Social de Requião, Airton Pissetti. Os dois afirmaram ter recusado o que o secretário teria chamado de
"prestigiamento a aliados".
Em nota oficial distribuída
no mesmo dia, Pissetti confirmou a denúncia de Requião e citou Gaúcho e Mauro Morais (PL) como deputados que também pediram
a mesada. Morais não se manifesta sobre o assunto.
Praczyk e Gaúcho foram
os primeiros a depor ontem
à comissão. Eles foram ouvidos a portas fechadas. Ao final, disseram que não mudaram suas declarações.
Pissetti também foi convocado, mas o governo não informou quando ele irá depor. Oficialmente, irá reiterar a nota do dia 13 na qual
acusa três deputados. A entrevista em que Requião fez
a denúncia foi dada ao deputado Jocelito Canto (PTB)
em 8 de junho num programa de rádio. "Apenas um
deputado me decepcionou
ao pedir R$ 45 mil mensais
para votar com o governo",
disse Requião quando o entrevistador perguntou se no
Estado havia "mensalão".
Praczyk disse que recusou
a suposta proposta. Gaúcho
confirmou sua versão.
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