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OUTRO LADO
Procurador diz que falta de provas não significa absolvição
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O procurador da República em Cuiabá (MT) Mário
Lúcio Avelar defendeu seus
procedimentos em relação
ao pedido de prisão do diretor de Florestas do Ibama,
Antônio Carlos Hummel, e
disse que sua libertação por
falta de provas não significa
que tenha sido absolvido.
Avelar pediu a prisão de
Hummel, que foi solto pela
PF. Negou ter dito que não
havia provas contra ele, conforme Hummel afirma ter
ocorrido. Para Avelar, Hummel dava apoio à rede de extração ilegal de madeira em
Mato Grosso porque era o
responsável por um banco
de dados em que apareciam
197 projetos irregulares de
manejo na região.
"Ele era responsável pela
gestão do Sisprof [banco de
dados do Ibama]." Hummel
disse ontem à Folha que as
informações estão equivocadas. Segundo ele, a diretoria
de Florestas não aprova planos de manejos, cuja responsabilidade seria da gerência do órgão nos Estados.
Avelar disse que não pediu
a prorrogação de prisão
temporária (cinco dias) de
Hummel, porque já tinha tomado o depoimento dele.
"Suspensão de prisão não é
absolvição", disse. Ainda segundo Avelar, não foi requisitado à PF o indiciamento
de Hummel porque as investigações ainda não foram
concluídas na Procuradoria.
Indiciamento é o mecanismo pelo qual o delegado de
polícia aponta supostos responsáveis por um crime. A
PF indiciou 90 pessoas supostamente envolvidas na
quadrilha de desmatamento
ilegal desmontada no dia 2.
Avelar só tomou o depoimento de Hummel quando
ele estava preso em Cuiabá.
(HC)
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