São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 2005

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OUTRO LADO

Procurador diz que falta de provas não significa absolvição

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O procurador da República em Cuiabá (MT) Mário Lúcio Avelar defendeu seus procedimentos em relação ao pedido de prisão do diretor de Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, e disse que sua libertação por falta de provas não significa que tenha sido absolvido.
Avelar pediu a prisão de Hummel, que foi solto pela PF. Negou ter dito que não havia provas contra ele, conforme Hummel afirma ter ocorrido. Para Avelar, Hummel dava apoio à rede de extração ilegal de madeira em Mato Grosso porque era o responsável por um banco de dados em que apareciam 197 projetos irregulares de manejo na região.
"Ele era responsável pela gestão do Sisprof [banco de dados do Ibama]." Hummel disse ontem à Folha que as informações estão equivocadas. Segundo ele, a diretoria de Florestas não aprova planos de manejos, cuja responsabilidade seria da gerência do órgão nos Estados.
Avelar disse que não pediu a prorrogação de prisão temporária (cinco dias) de Hummel, porque já tinha tomado o depoimento dele. "Suspensão de prisão não é absolvição", disse. Ainda segundo Avelar, não foi requisitado à PF o indiciamento de Hummel porque as investigações ainda não foram concluídas na Procuradoria.
Indiciamento é o mecanismo pelo qual o delegado de polícia aponta supostos responsáveis por um crime. A PF indiciou 90 pessoas supostamente envolvidas na quadrilha de desmatamento ilegal desmontada no dia 2.
Avelar só tomou o depoimento de Hummel quando ele estava preso em Cuiabá. (HC)


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