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CASO TRT
Dono da Incal intermediou venda de área onde funciona atual TRT-SP
Prédio foi negociado por empresário
DA REPORTAGEM LOCAL
O prédio onde funciona o atual
TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em São Paulo foi comprado por meio de uma negociação
que envolveu Fábio Monteiro de
Barros, dono da construtora Incal, e Cleto Meirelles, sogro de
Luiz Estevão, em 1979.
O ex-senador e Monteiro de
Barros são acusados de ter participado do desvio de R$ 169 milhões
da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, segundo investigações da CPI do Judiciário e
do Ministério Público Federal, 20
anos depois da negociação.
O prédio onde funciona hoje o
TRT foi comprado pelo então
presidente do tribunal, Nelson
Vergílio do Nascimento, da Vale
do Rio Verde Empreendimentos
Imobiliários com a anuência da
Haspa Habitação de São Paulo
Crédito Imobiliário.
A Haspa era de Cleto Meirelles.
Foi essa empresa que financiou a
construção do atual prédio do
TRT-SP, na rua da Consolação.
Monteiro de Barros, em 79, trabalhava com corretagem de imóveis e foi o intermediário da venda
do prédio para o TRT paulista.
A transação ocorreu no dia 17
de dezembro de 79. O valor pago
pelo tribunal para a Haspa pelo
terreno e pelo prédio foi de aproximadamente US$ 30 milhões.
Cerca de US$ 34 milhões foram
transferidos da conta do ex-senador para as contas do Grupo
Monteiro de Barros, que controla
a Incal, responsável pelas obras
do fórum. Luiz Estevão e o empresário, que são amigos, dizem
que as transferências se referem a
negócios efetuados entre os grupos. A Haspa Crédito Imobiliário
se desfez e hoje atua como Haspa
Imobiliária, que acabou adquirindo a Rio Verde.
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