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"Quantidade de garis não é suficiente"
DA REPORTAGEM LOCAL
Gilmar Argenta, secretário-geral do Siemaco (Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas de
Asseio e Conservação e Limpeza
Urbana de São Paulo), afirma que
faltam varredores de rua para
cumprir as tarefas estabelecidas
pelas empresas. "Os trabalhadores fazem falta."
Leia, a seguir, a entrevista concedida por Argenta à Folha.
Folha - Quais são as condições gerais de limpeza da cidade?
Gilmar Argenta - Na minha opinião, são precárias porque a
quantidade de trabalhadores que
estão limpando a cidade não é suficiente para o serviço.
Folha - Os trabalhadores conseguem cumprir o plano de varrição
que é estabelecido para eles?
Argenta - Nas condições em que
a cidade se encontra, não é possível executar toda a tarefa por falta
de gente para trabalhar.
Folha - Em 98, o Siemaco informou que havia 4.870 varredores.
Houve alguma alteração?
Argenta - Pelo crescimento da
cidade, a gente sente que os trabalhadores fazem falta. São Paulo
cresce mais a cada dia e cada vez
tem menos trabalhadores para fazer a limpeza.
Folha - O número de varredores
se manteve igual?
Argenta - Esse número até diminuiu porque a prefeitura criou as
equipes de serviços diversos. Não
dá para cobrir toda a cidade (com
a varrição). Eles (os varredores)
estão cobrindo só as principais
partes da cidade, o centro. Os
bairros estão abandonados.
Folha - É comum haver ruas onde
não é feita a varrição?
Argenta - É comum. Existem
muitas ruas que eram varridas
nas outras administrações e hoje
não são limpas.
Folha - Essas equipes de serviços
diversos fazem que tipo de serviço?
Argenta - As equipes fazem mutirão em praças, poda de árvores,
limpeza de guias. Nas principais
avenidas do centro, onde a população anda, a prefeitura trabalha
muito com mutirão.
Folha - A prefeitura está maquiando a cidade?
Argenta - Está maquiando porque é um ano político. Mas, se você andar na periferia, vai ver que a
varrição não está sendo feita como deveria.
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