|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Paulistanos querem a renovação da Câmara
DA REDAÇÃO
A maior parte dos paulistanos
espera que novos vereadores, que
nunca tenham sido eleitos antes,
passem a compor a maioria da
Câmara Municipal na próxima legislatura, que começa em janeiro
do ano que vem. São 49% dos
paulistanos que têm essa opinião,
segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 11 e 12 passados.
De acordo com o levantamento,
outros 27% afirmam preferir uma
Câmara "mista", formada por vereadores novatos e por vereadores experientes, com pelo menos
um mandato no Legislativo municipal. Um em cada cinco paulistanos (19%) declara preferir uma
Câmara formada por parlamentares experientes. Dos entrevistados, 5% não souberam opinar.
O resultado da pesquisa, que
aponta para uma eventual renovação do Legislativo paulistano a
partir das eleições de outubro,
coincide com um aumento na reprovação do desempenho dos
atuais vereadores. Agora, dois em
cada três paulistanos (64%) consideram ruim ou péssimo o desempenho da Câmara -cinco
pontos percentuais a mais do que
no levantamento anterior, em
abril. Mais do que isso, os dados
não contemplam os possíveis reflexos da "absolvição" do prefeito
Celso Pitta (PTN).
No mesmo dia em que o levantamento de campo era concluído,
na quarta-feira da semana retrasada, a Câmara votava o pedido
de impeachment de Pitta, que era
acusado de improbidade administrativa e de ter favorecido o
empresário Jorge Yunes em troca
de um empréstimo de R$ 800 mil.
O prefeito, que chegou a ser
afastado do cargo pela Justiça, foi
inocentado, por meio de voto secreto, de 11 denúncias apresentadas pela seção paulista da Ordem
dos Advogados do Brasil. No
mesmo período, Pitta ultrapassou
seu próprio recorde de reprovação -agora, ele é considerado
ruim ou péssimo por quatro em
cada cinco dos paulistanos (78%).
Naquela sessão da Câmara, Pitta e aliados esperavam contar
com pelo menos 30 votos a favor
da absolvição, mas a vitória foi
ainda maior: a absolvição do prefeito chegou a obter 35 votos -ou
cerca de 64% da Câmara, composta por 55 vereadores. A oposição, que esperava contar com no
mínimo 25 votos, somou no máximo 22 (40%). Pitta só teria de
deixar a prefeitura se, em pelo
menos uma das acusações, 37 vereadores tivessem se manifestado
a favor da cassação.
De acordo com o levantamento
do Datafolha, o principal atributo
na escolha de um vereador, nesta
eleição, será o seu não-envolvimento com casos de corrupção.
Dos 5.059 entrevistados, 90%
consideram "muito importante"
esse atributo. A margem de erro é
de dois pontos percentuais, para
mais ou para menos.
Texto Anterior: Eleições/SP: Sapopemba tem a disputa mais apertada Próximo Texto: Socorro a bancos: É difícil provar crimes financeiros, diz juiz Índice
|