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TCU e TST defendem
medidas de controle
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O vice-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Humberto Souto, e o presidente do
TST (Tribunal Superior do Trabalho), Almir Pazzianotto, defenderam medidas para melhorar os
sistemas de controle de gastos públicos e providências tomadas recentemente com esse objetivo.
Ambos se referiram a iniciativas
dos próprios tribunais em reação
ao anúncio anteontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso do pacote de medidas que
aperfeiçoariam o controle sobre
os gastos.
Eles temem que, com essas medidas, o governo transfira para
outros setores da administração
pública, particularmente para esses dois tribunais, a responsabilidade pelo desvio de recursos na
obra do Fórum Trabalhista de São
Paulo, no valor de R$ 169,5 milhões.
Conselho
Pazzianotto disse que vai propor aos outros ministros do TST a
criação de um conselho para controlar a administração da Justiça
do Trabalho.
A idéia é que o conselho funcione até que seja criado outro mecanismo de controle, pela reforma
do Judiciário ou por uma medida
do pacote do governo.
Ele também defendeu que os
tribunais deixem de coordenar a
execução de obras. A sugestão dele é que o Poder Executivo assuma
essa atribuição.
Souto disse que o TCU já informa regularmente o Congresso
Nacional sobre todas as decisões e
investigações do órgão, por meio
de correspondência aos líderes
dos partidos, comissões técnicas e
presidentes do Senado e da Câmara.
Carta
Ele mostrou uma carta na qual o
TCU comunicou ao TRT-SP, em
1993, a existência de uma série de
irregularidades e outra, de 1995,
ao Congresso, com teor semelhante.
Apesar de afirmar que o controle por parte do TCU foi eficiente, o
ministro evitou responsabilizar o
governo e o Congresso por liberações de verba após a identificação
das primeiras irregularidades.
"Faltou controle interno sobre a
obra (por parte do Judiciário)".
Souto também disse que o órgão aprovou um mecanismo que
acelera o cumprimento de suas
decisões relacionadas à devolução
de dinheiro desviado e que ele será aplicado ao caso do TRT-SP.
A partir de agora, as decisões do
TCU serão executadas no prazo
de seis meses pela AGU (Advocacia Geral da União), órgão ligado
diretamente ao presidente da República.
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