São Paulo, Segunda-feira, 23 de Agosto de 1999
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Defesa de intervenção gera protesto

de Washington

Ao sugerir uma maior interferência dos países da América do Sul para solucionar a crise na Colômbia, o general Barry McCaffrey criou controvérsia e atraiu críticas e protestos dos mais variados interesses e países envolvidos no problema.
McCaffrey irritou governos na América do Sul, preocupados com um clima de intervenção na região, e os republicanos no Congresso dos EUA, que o chamam de indeciso e inseguro.
Segundo deputados republicanos que o chamaram para depor em julho, McCaffrey é contraditório porque hesita em enviar mais aeronaves e equipamentos militares para a Colômbia, embora considere o problema emergencial.
Na América Latina, a crítica tem outro sentido. Quando McCaffrey disse, em julho, que as Farc estavam atuando militarmente no Brasil, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, Marcos Galvão, negou a informação e disse que o Brasil "não aceitará essa presença".
Na Venezuela, o chanceler José Vicente Rangel reagiu dizendo que "o fantasma da intervenção está sobrevoando a região".
O único país da América do Sul a reagir de forma diferente foi a Argentina, que ofereceu enviar tropas para a Colômbia. A posição argentina também criou desconforto em McCaffrey, obrigando-o a dizer claramente que é contra qualquer tipo de intervenção.



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