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Denúncia seria de informante
free-lance para a Folha
Em despacho sigiloso assinado
no dia 26 de março, o delegado federal Rubens Grandini afirma ter
recebido de um informante a denúncia de que o ex-policial Célio
Arêas Rocha estaria "sorrateiramente acompanhando esta autoridade (o delegado) e os trabalhos
investigatórios do inquérito, inclusive observando pessoas convocadas para depoimentos".
No despacho, Grandini afirma
que, segundo o informante, Rocha estaria passando informações
para Temílson Resende, o Telmo,
e para o detetive particular Adilson Alcântara de Matos. Ainda
segundo o informante, os grampos teriam sido feitos com o apoio
de um funcionário da segurança
do BNDES, chamado Cláudio.
Segundo o advogado Carlos Kenigsberg, que defende Telmo, o
despacho mostra que Rocha foi
"plantado" no inquérito, "possivelmente" pelo delegado.
Para o advogado, é estranho
que o nome de Rocha tenha aparecido pela primeira vez no inquérito pelo suposto informante
-a idéia do delegado seria estabelecer um vínculo entre Rocha e
Telmo para dar credibilidade às
denúncias do primeiro contra o
segundo feitas ao general Alberto
Cardoso, chefe da Casa Militar.
O delegado Grandini não está
dando entrevistas sobre o caso.
Kenigsberg disse que Telmo
confirma ter se encontrado com
Rocha no dia 25 de agosto. Na
conversa, de 40 minutos, Rocha
teria tentado introduzir o tema
grampo e teria sido rechaçado.
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