São Paulo, Quinta-feira, 23 de Setembro de 1999
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Denúncia seria de informante

free-lance para a Folha

Em despacho sigiloso assinado no dia 26 de março, o delegado federal Rubens Grandini afirma ter recebido de um informante a denúncia de que o ex-policial Célio Arêas Rocha estaria "sorrateiramente acompanhando esta autoridade (o delegado) e os trabalhos investigatórios do inquérito, inclusive observando pessoas convocadas para depoimentos".
No despacho, Grandini afirma que, segundo o informante, Rocha estaria passando informações para Temílson Resende, o Telmo, e para o detetive particular Adilson Alcântara de Matos. Ainda segundo o informante, os grampos teriam sido feitos com o apoio de um funcionário da segurança do BNDES, chamado Cláudio.
Segundo o advogado Carlos Kenigsberg, que defende Telmo, o despacho mostra que Rocha foi "plantado" no inquérito, "possivelmente" pelo delegado.
Para o advogado, é estranho que o nome de Rocha tenha aparecido pela primeira vez no inquérito pelo suposto informante -a idéia do delegado seria estabelecer um vínculo entre Rocha e Telmo para dar credibilidade às denúncias do primeiro contra o segundo feitas ao general Alberto Cardoso, chefe da Casa Militar.
O delegado Grandini não está dando entrevistas sobre o caso.
Kenigsberg disse que Telmo confirma ter se encontrado com Rocha no dia 25 de agosto. Na conversa, de 40 minutos, Rocha teria tentado introduzir o tema grampo e teria sido rechaçado.


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