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Magalhães acusa Wilson de não pagar dívida
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O prefeito licenciado de Recife e
candidato à reeleição, Roberto
Magalhães (PFL), abandonou a linha propositiva que vinha adotando em sua propaganda eleitoral e partiu para o ataque.
Desde o início da semana, seu
programa de TV vem dedicando
espaço cada vez maior para respostas e denúncias contra seus
principais adversários, João Paulo
(PT) e Carlos Wilson (PPS).
O golpe mais duro foi desferido,
na noite de anteontem, contra
Wilson.
O candidato foi acusado de não
pagar dívidas eleitorais contraídas durante a campanha para o
governo do Estado, em 1998.
A equipe do prefeito licenciado
colocou no ar depoimentos de
funcionários e do proprietário de
uma produtora de vídeo, que acusam o candidato do PPS de não
pagar cerca de R$ 350 mil por serviços prestados naquele ano.
Um recorte de jornal exibido
em seguida mostra que Wilson
viajou de férias para Miami após
as eleições.
O locutor do programa pergunta então por que o candidato não
pagou a dívida, se tinha dinheiro
para viajar.
A acusação irritou Wilson, que
vinha atacando Magalhães mostrando reportagens sobre a interpelação feita pelo prefeito a um
jornalista, em agosto de 99 (leia
texto acima).
O pefelista foi à redação do "Jornal do Commercio" com um revólver na cintura por discordar de
notas publicadas na época, que
insinuavam que ele havia censurado uma obra do artista plástico
Brennand.
Wilson disse que a partir de
agora vai "jogar pesado" e "bater
forte". Segundo o candidato, seu
programa de TV abordará o tema
levantado por Magalhães.
"Quem faz dívida de campanha
são os partidos políticos", afirmou. "E, em 98, eu era candidato
a governador pelo PSDB", declarou. Os tucanos se aliaram este
ano ao PFL.
(FÁBIO GUIBU)
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