|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Planalto nomeia coordenadora
do Bolsa-Família
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Três dias depois do adiamento do anúncio oficial da unificação dos programas de transferência de renda, o ministro
José Dirceu (Casa Civil) nomeou, ontem, a coordenadora
do Bolsa-Família, a cientista
política Ana Fonseca, 51.
Isso significa que, se o lançamento do programa não tivesse sido adiado três horas antes
da cerimônia, como determinou o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o Bolsa-Família
teria sido deslanchado sem que
sua coordenadora fosse oficialmente funcionária do governo
federal.
De acordo com o "Diário Oficial" da União de ontem, Ana
Fonseca vai trabalhar no gabinete da Presidência da República. Terá o cargo mais elevado na carreira dos assessores
do governo federal, o chamado
DAS (Direção e Assessoramento Superior) número 6, com salário de R$ 7.575 mensais.
O Bolsa-Família será coordenado por Ana Fonseca e por Ricardo Henriques, atual secretário-executivo do Ministério da
Assistência e Promoção Social.
Mas ainda não está certo se ele
deixará o cargo para coordenar
o Bolsa-Família.
Antes de ir para o Palácio do
Planalto, Ana Fonseca coordenava os programas de transferência de renda da Prefeitura
de São Paulo.
Mesmo sem ter sido nomeada, Ana Fonseca já estava trabalhando em Brasília havia pelo menos duas semanas. Participou da primeira reunião entre Dirceu e secretários de Assistência e Promoção Social
dos Estados.
Ana Fonseca trabalhou no
governo de transição, a convite
do ministro Antonio Palocci
Filho (Fazenda), quando elaborou um diagnóstico da atuação do governo FHC na área
social. Detectou, por exemplo,
o desperdício de dinheiro público por a União administrar
seis programas diferentes de
transferência de renda.
(GA)
Texto Anterior: Fome social: Lula quer incluir unificação em novo acordo com o FMI Próximo Texto: Bolsas são "insuficientes", diz Wagner Índice
|