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Governo pretende votar 2º turno da tributária amanhã
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A liderança do governo na
Câmara pretende votar amanhã a reforma tributária em segundo turno, mas, para isso, terá que limpar a pauta trancada
pela medida provisória 127,
que compensa perdas das empresas distribuidoras de energia elétrica decorrentes do racionamento iniciado em 2001.
Com prazo de apreciação
vencido, a MP impede que
qualquer outra matéria seja votada antes dela.
A MP foi editada em agosto e,
entre outras coisas, autoriza o
BNDES a conceder financiamento às empresas para suprir
o adiamento de compensação
prevista em MP anterior.
O relator, deputado João Almeida (PSDB-BA), afirmou
que a maioria das demandas já
está negociada.
O problema é que o PFL pretende obstruir a votação para
tentar atrasar o término da tramitação da reforma tributária
na Câmara, que foi aprovada
totalmente em primeiro turno
na última quarta-feira.
O partido não se sente contemplado nas negociações e
disse que usará as manobras
regimentais de protelação.
A promessa é que não se repita a divisão ocorrida no primeiro turno, quando os pefelistas
acabaram não conseguindo
emplacar uma alteração na reforma que beneficiaria os cofres da Bahia, que teme perder
arrecadação com as novas regras de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, principal
fonte de receitas dos Estados).
A Bahia é governada pelo pefelista Paulo Souto.
Na votação do segundo turno, o PFL anunciou que apresentará os três destaques (tentativa de modificação de parte
do texto) de bancada a que tem
direito, o principal deles para
suprimir as modificações propostas para o ICMS.
Os governistas conseguiram
assegurar quórum mínimo (52
de 513 deputados) para a sessão
de ontem -uma segunda-feira, dia em que poucos deputados estão em Brasília-, o que
evitou o atraso no cronograma,
já que são necessárias cinco
sessões entre as votações de
primeiro e segundo turno. (RANIER BRAGON)
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