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SAIBA MAIS
Psicóloga morreu em 1971 cercada pela polícia na BA
DA REDAÇÃO
A psicóloga Iara Iavelberg,
mulher de Carlos Lamarca
(do MR-8), morreu em 20 de
agosto de 1971, aos 27 anos,
num apartamento em Salvador (BA). A versão oficial é
que, quando a polícia invadiu o apartamento, ela estaria armada e que, para não
ser presa, teria se suicidado
com um tiro. Lamarca foi
morto pouco depois, em 17
de setembro, na Bahia.
Segundo o jornalista Elio
Gaspari ("A Ditadura Escancarada"), o corpo de Iara ficou numa gaveta do necrotério em Salvador por mais
de um mês, para atrair Lamarca. Depois, seu corpo foi
levado para São Paulo num
caixão lacrado. A família não
teve permissão para abri-lo.
Em 9 de julho de 1996, irmãos de Iara pediram a exumação do corpo à Federação
Israelita de São Paulo. O pedido foi negado. No mês seguinte, o médico Lamartine
Lima disse ter ouvido do militar Rubem Otero a confissão de que ele teria morto Iara. Suspeita-se que Iara teria
resistido à prisão e foi atingida por uma rajada de metralhadora. Três tiros teriam
atingido a cabeça e o tórax.
Em 2 de novembro de
1997, a Folha publicou reportagem com o rascunho
do laudo oficial sobre a morte de Iara. Nele, o legista
Charles Pittex escreve: "Suicídio?". O laudo oficial desapareceu e nunca foi achado.
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