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Senado terá votações em todas as sessões; medida acelera reformas
RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), e os líderes
partidários decidiram ontem
transformar todas as sessões da
Casa em deliberativas -com
pauta de votações-, que são as
consideradas para a contagem de
prazo na discussão das emendas
constitucionais. A decisão vai acelerar a tramitação das reformas da
Previdência e tributária.
O argumento oficial para a medida é a necessidade de limpar a
pauta de votações, que ficou prejudicada por várias medidas provisórias que chegaram ao Senado
com prazo de tramitação vencido,
trancando a pauta de votações.
O PFL não concordará com a
realização do esforço concentrado, se o objetivo for apressar a tramitação das reformas, segundo o
líder José Agripino (RN).
"Queremos receber a pauta de
votação antecipadamente. Se ficar
patente que o objetivo é apenas
contar prazo para as reformas, o
PFL vai obstruir e derrubar as sessões", disse Agripino.
Normalmente, as sessões das
segundas e sextas-feiras são destinadas apenas a discursos e não
podem ser incluídas no prazo de
cinco sessões deliberativas para
discussão das reformas e apresentação de emendas de plenário.
A reforma da Previdência deixou a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas precisa esperar cinco dias, que terminam
hoje, para ir a plenário. A intenção do governo era incluí-la na ordem do dia da próxima segunda,
que já terá sessão deliberativa,
mas o PFL exigiu o cumprimento
do prazo de três dias de antecedência de comunicação para que
um projeto seja votado, e o primeiro dia de discussão será terça.
Agripino propôs ao líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), que o governo abandone a
idéia de alterar a reforma da Previdência por meio de uma PEC
(proposta de emenda constitucional) que tramita paralelamente ao
texto aprovado pela Câmara.
O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), anunciou que seu
partido vai apresentar uma emenda garantindo aos atuais servidores paridade com os ativos quando se aposentarem.
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