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CNBB e deputados são favoráveis à
abertura de arquivos da ditadura
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil), dom Geraldo Majella Agnelo, defendeu ontem a abertura
de arquivos existentes sobre o regime militar. Segundo ele, a abertura permitiria que fosse esclarecida a verdade sobre as pessoas
acusadas pelo regime militar.
"Eu creio que, se existem arquivos, que eles sejam abertos de fato, para que aqueles contra quem
pesem acusações as tenham esclarecidas", disse dom Geraldo.
Sobre fotos divulgadas do padre
Leopoldo d'Astous, vítima de espionagem do extinto SNI (Serviço
Nacional de Informações), ele
disse que "todo o tipo de infamação [difamação] é reprovável".
Câmara
Deputados federais afirmaram
ontem acreditar que existem no
governo arquivos da repressão e
pediram a divulgação deles à sociedade. "Se foi esclarecido que as
fotos não são do Vladimir Herzog
é porque em algum lugar ainda há
arquivos. Então, eu defendo que
seja dado à sociedade o conhecimento desses arquivos", afirmou
o deputado Maurício Rands (PT-PE), presidente da Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara.
O deputado Miro Teixeira
(PPS-RJ), integrante da Comissão
de Direitos Humanos, disse que
nunca teve dúvidas sobre a existências desses arquivos.
Já o deputado federal Luiz
Eduardo Greenhalgh (PT-SP) disse ontem, em Campinas (SP), que
pedirá ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva a abertura dos arquivos. ""O governo disse que aquela
pessoa apresentada não era o Vladimir Herzog. O governo disse
que procurou as fotos no arquivo
do antigo SNI. Portanto, suponho
que exista um arquivo com documentos daquela época. É preciso
que sejam abertos esses arquivos.
Pedirei isso ao presidente Lula."
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