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Cnen vê novo
tipo de "ruído"
em negociações
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
Para o presidente da Cnen
(Comissão Nacional de
Energia Nuclear), Odair
Gonçalves, o país está agora
diante de um "novo tipo de
ruído" nas negociações com
a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
"Eu não consigo saber o
que sejam esses interesses
escusos [que motivaram a
publicação do artigo], mas
só pode ser para provocar algum tipo de reação da agência ou da nossa parte."
Uma das principais acusações dos autores da revista
"Science" Liz Palmer e Gary
Milhollin, pesquisadores de
uma ONG em Washington,
é que o governo brasileiro teria impedido a visão das centrífugas aos inspetores da
AIEA por ter copiado equipamentos da Urenco.
A cópia das centrífugas teria sido fruto de uma suposta parceria entre Karl-Heinz
Schaab, um empregado da
alemã Man Technologie AG,
que desenvolveu centrífugas
para a empresa européia
Urenco, que faz enriquecimento de urânio, e o Brasil.
Schaab foi preso no Brasil
em 1996 e extraditado em
1999 para a Alemanha sob a
acusação de vender projetos
de centrífugas para o Iraque.
Cálculos
Os cálculos apresentados
pelos pesquisadores no artigo foram refutados pela
Cnen e por especialistas.
Gonçalves afirmou que a fábrica não tem condições de
enriquecer urânio a 90%,
percentual mínimo de concentração para abastecer
uma bomba nuclear.
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