São Paulo, sábado, 23 de outubro de 2004

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Cnen vê novo tipo de "ruído" em negociações

DA FOLHA ONLINE, NO RIO

Para o presidente da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), Odair Gonçalves, o país está agora diante de um "novo tipo de ruído" nas negociações com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
"Eu não consigo saber o que sejam esses interesses escusos [que motivaram a publicação do artigo], mas só pode ser para provocar algum tipo de reação da agência ou da nossa parte."
Uma das principais acusações dos autores da revista "Science" Liz Palmer e Gary Milhollin, pesquisadores de uma ONG em Washington, é que o governo brasileiro teria impedido a visão das centrífugas aos inspetores da AIEA por ter copiado equipamentos da Urenco.
A cópia das centrífugas teria sido fruto de uma suposta parceria entre Karl-Heinz Schaab, um empregado da alemã Man Technologie AG, que desenvolveu centrífugas para a empresa européia Urenco, que faz enriquecimento de urânio, e o Brasil.
Schaab foi preso no Brasil em 1996 e extraditado em 1999 para a Alemanha sob a acusação de vender projetos de centrífugas para o Iraque.

Cálculos
Os cálculos apresentados pelos pesquisadores no artigo foram refutados pela Cnen e por especialistas. Gonçalves afirmou que a fábrica não tem condições de enriquecer urânio a 90%, percentual mínimo de concentração para abastecer uma bomba nuclear.


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