São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Lula diz que saída é uma grande perda

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva referiu-se ontem ao afastamento do ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) como uma "grande perda" para o seu governo. Lula afirmou manter "integral confiança na pessoa do ministro" e disse "estar seguro" de que ele será inocentado das acusações de peculato e lavagem de dinheiro relativas ao valerioduto tucano.
As informações foram feitas por meio de nota divulgada à imprensa. O conteúdo da mensagem do presidente Lula foi lido pelo porta-voz, Marcelo Baumbauch, no final da noite de ontem, pouco antes de Walfrido fazer um pronunciamento comunicando os motivos de sua saída do cargo, no Palácio do Planalto.
Na nota, o presidente diz ter recebido "com pesar" ontem o pedido de afastamento do ministro Walfrido. Afirma que "por compreender suas razões, pessoais e políticas", aceitou o pedido. Lula afirmou reconhecer no gesto "a lealdade, o desprendimento e o alto espírito público que marcaram a sua atuação".
"Durante quase cinco anos, Walfrido desempenhou com competência e dedicação as funções que lhe atribuí, primeiro à frente do Ministério do Turismo, depois no comando da articulação política do governo. Trata-se de uma grande perda", afirmou o presidente Lula, acrescentando na nota: "mantenho integral confiança na pessoa do ministro que, estou seguro, será inocentado das acusações".
Ao contrário dos últimos dias, ontem Lula não teve nenhuma agenda pública. A única menção pública sobre o afastamento do ministro foi feita por meio de nota.
Quando seu nome apareceu nas denúncias sobre o valerioduto mineiro, Walfrido reiterou a Lula a sua inocência. Em mais de uma ocasião, manifestou ao presidente que, se tivesse um milímetro de dúvida sobre sua biografia, deixaria o cargo no Planalto.
Ontem, o ministro Walfrido disse que resolveu sair do governo para se dedicar a sua defesa no caso e por não querer que um assunto alheio ao governo cause qualquer embaraço à gestão do presidente Lula.
(LETÍCIA SANDER)


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