UOL

São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Senador não tem saída, afirma Dirceu

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, considera que o futuro político do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) já está definido. ACM não teria mais como escapar das acusações que o apontam como responsável pelos grampos telefônicos na Bahia.
"Acredito que é um assunto que, de certa maneira, já transitou em julgado", disse ontem Dirceu após participar de uma reunião no Palácio do Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, José Sarney, e os líderes do PMDB no Congresso.
Dirceu não falou em nome de Lula. Também evitou citar o nome do senador Antonio Carlos Magalhães. Mas fez referências às reportagens que apontam o pefelista como o principal responsável pelos grampos. "O país todo já sabe disso", disse.
Dirceu negou que Lula tivesse aconselhado ACM, por intermédio de Sarney, a renunciar ao cargo de senador. O afastamento do pefelista sem uma apuração política no Congresso evitaria desgastes para a aprovação das reformas constitucionais.
Segundo o ministro, qualquer decisão rumo à renúncia de ACM deve ser tratada somente pelo acusado ou pelo PFL. Para Dirceu "não tem pé nem cabeça" um possível empenho de Lula para convencer ACM a renunciar.
Dirceu foi enfático ao exigir a punição para os autores dos grampos telefônicos.
"Os responsáveis têm que ser punidos. Seja quem seja. Seja quem for", disse. O ministro-chefe da Casa Civil chamou o episódio dos grampos na Bahia de "gravíssimo", "intolerável" e "um atentado à democracia".
O líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), um dos grampeados, disse acreditar que os senadores de seu partido deverão formalizar a denúncia contra ACM no Conselho de Ética.


Texto Anterior: Bahiagate: PF diz fechar cerco a mandante de grampo e decide ouvir ACM
Próximo Texto: CPI do grampo alcança número mínimo de nomes
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.