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Ministro do Supremo
sai em defesa de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na contramão do restante do
Poder Judiciário, o ministro do
STF (Supremo Tribunal Federal)
Celso de Mello manifestou ontem
apoio às declarações de Lula, afirmando que os juízes devem ser
submetidos à fiscalização externa
porque não estão "acima da
Constituição e das leis" nem
"imunes à crítica social".
Ele disse que o Congresso "tem
plena legitimidade" para instalar
uma nova CPI do Judiciário se
houver "fatos determinados" que
justifiquem essa iniciativa.
Anteontem Lula defendeu o
controle externo do Judiciário para "ao menos saber como funciona a caixa-preta" e disse que a Justiça tem de ser igual para todos.
Mello defendeu o impeachment
de juízes, hoje restrito a ministros
do STF. "Lula exprimiu com muita fidelidade a angústia que se
apoderou dos cidadãos indignados com práticas marginais ou ilícitas que se vêm denunciando na
esfera do Estado."
O presidente do STF, Marco
Aurélio de Mello, disse que a declaração de Lula sobre a existência
de "caixa-preta" foi "agressiva e
infeliz", porque teria sugerido que
todos os juízes podem ser "salafrários". "É razoável que todos sejam considerados salafrários?"
O ministro Carlos Velloso, ex-presidente do Supremo, reforçou
as críticas, dizendo que Lula "deve uma explicação à sociedade".
Ambos transferiram para o governo e o Congresso a responsabilidade por falhas no funcionamento da Justiça citadas por Lula.
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