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São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2003

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PROPINODUTO

PF apura uso de empresas para remeter dinheiro

DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Federal investiga o suposto uso de empresas off-shore para lavagem de dinheiro em esquemas paralelos aos do "propinoduto" (envio ilegal de US$ 33,4 milhões para a Suíça por fiscais e auditores do Rio).
As investigações revelaram a existência de empresas do Rio de Janeiro que têm sociedade com off-shores sediadas em paraísos fiscais -o Uruguai, por exemplo.
A PF também localizou no Rio o auxiliar de escritório Adailton Guimarães, suspeito de atuar como "laranja" do esquema, cedendo seu nome e o de sua filha, Izabella Guimarães, para abertura de empresas e compra de imóveis.
Izabella disse em seu depoimento que seu pai prestou serviços para os advogados Chaim Zalcberg e Antônio Wanis Filho -procuradores de uma off-shore sócia da Coplac (sucursal no Rio do banco suíço DBTC), por onde teriam sido abertas as contas dos fiscais e dos auditores.
Indiciado por lavagem de dinheiro, Guimarães chegou a ter 13 empresas em seu nome. Em seu depoimento, disse ser pobre e isento do pagamento do Imposto de Renda. Disse que abre "empresas de fachada" por R$ 500. Guimarães e sua filha aparecem como sócios de Wanis e de off-shores das quais ele é procurador.
Zalcberg afirmou que ele e Wanis Filho trabalharam com pessoas -entre as quais Adailton Guimarães. Segundo Zalcberg, depois da entrada do sócio, o despachante ou o procurador da off-shore sai da sociedade.
Quanto à origem do dinheiro, ele afirmou que a responsabilidade pela licitude é do banco no exterior que faz o envio.
Izabella disse que nem ela nem o pai falariam a respeito do caso.


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