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Eleições motivaram mudança de voto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No período de 21 dias entre as
votações do salário mínimo na
Câmara, 15 deputados mudaram
de posição. Desses, dez retiraram
o apoio ao governo e votaram pelos R$ 275. As justificativas vão
desde mudança no cenário das
eleições municipais de outubro
até deputados que não enxergam
mudança de atitude entre um voto sim e outro não.
"Não mudei de voto. A primeira
votação foi do relatório do deputado Rodrigo Maia [PFL-RJ].
Agora foi uma decisão do Senado.
Da outra vez eu defendia um salário de R$ 280 e agora não tinha
outra opção", disse o deputado
Paulo Rubem (PT-PE), candidato
a prefeito de Jaboatão dos Guararapes. Ele votou pelos R$ 275.
Quando apoiou um salário
maior, o deputado Almeida de Jesus (PL-CE) era pré-candidato à
Prefeitura de Fortaleza. Agora ele
está apoiando o deputado Inácio
Arruda (PC do B). "Não podia votar R$ 260 [antes] por causa da
minha candidatura. O governador [Lúcio Alcântara (PSDB)]
também me ligou dizendo que os
R$ 275 vão representar um gasto
extra de R$ 80 milhões para o Estado", disse ele.
Os deputados Julio Lopes (PP-RJ) e Ivan Ranzolin (PP-SC) disseram que existe diferença entre
votar pelo aumento de R$ 15 e
apoiar a retirada desse montante.
Tanto Lopes como Ranzolin votaram desta vez pelo valor maior.
"Uma bola quadrada dessa não
dava. Uma coisa é não criar a expectativa, a outra é tirar R$ 15 do
que já tinha sido aprovado pelo
Senado", disse Lopes.
(FK e RB)
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