São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2004

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Eleições motivaram mudança de voto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No período de 21 dias entre as votações do salário mínimo na Câmara, 15 deputados mudaram de posição. Desses, dez retiraram o apoio ao governo e votaram pelos R$ 275. As justificativas vão desde mudança no cenário das eleições municipais de outubro até deputados que não enxergam mudança de atitude entre um voto sim e outro não.
"Não mudei de voto. A primeira votação foi do relatório do deputado Rodrigo Maia [PFL-RJ]. Agora foi uma decisão do Senado. Da outra vez eu defendia um salário de R$ 280 e agora não tinha outra opção", disse o deputado Paulo Rubem (PT-PE), candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes. Ele votou pelos R$ 275.
Quando apoiou um salário maior, o deputado Almeida de Jesus (PL-CE) era pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza. Agora ele está apoiando o deputado Inácio Arruda (PC do B). "Não podia votar R$ 260 [antes] por causa da minha candidatura. O governador [Lúcio Alcântara (PSDB)] também me ligou dizendo que os R$ 275 vão representar um gasto extra de R$ 80 milhões para o Estado", disse ele.
Os deputados Julio Lopes (PP-RJ) e Ivan Ranzolin (PP-SC) disseram que existe diferença entre votar pelo aumento de R$ 15 e apoiar a retirada desse montante. Tanto Lopes como Ranzolin votaram desta vez pelo valor maior.
"Uma bola quadrada dessa não dava. Uma coisa é não criar a expectativa, a outra é tirar R$ 15 do que já tinha sido aprovado pelo Senado", disse Lopes. (FK e RB)


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