São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Racha no PPS resulta em bate-boca

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A indecisão do PPS sobre apoiar ou não o governo resultou ontem, na votação do salário mínimo, em discussões e princípio de briga que envolveram até petistas. Roberto Freire (PE), presidente do PPS, e João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara, se insultaram aos berros.
A confusão foi motivada pelo fato de que o PPS não se decidia sobre que orientação dava aos seus 22 deputados. O líder da bancada, Júlio Delgado (MG), citava a decisão partidária contrária ao mínimo de R$ 260, mas dizia que votaria com o governo.
Diante dos desentendimentos entre Delgado e Freire -que lidera a ala oposicionista-, João Paulo cortou o microfone do último, que, não sendo líder da bancada, não teria direito a falar. Freire se irritou. "Me respeite, seu autoritário", gritava, a poucos metros do petista, que presidia a Mesa. João Paulo também berrou: "Roberto Freire, você é um cretino". "Cretino é você", devolveu Freire. O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) tomou as dores de João Paulo e começou a discutir com Freire. Os dois tentaram se atracar, mas foram contidos.
Dos 22 deputados do PPS, 11 votaram com o governo e dez, contra. Um não votou.


Texto Anterior: Eleições motivaram mudança de voto
Próximo Texto: Salário petista: Vitória deve devolver articulação a Dirceu
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.