RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Amanhã a Marinha do Brasil vai viver um marco inédito. Um de seus navios vai ser transferido, pela primeira vez na história, para uma marinha estrangeira, quando o contrário é o usual -o Brasil receber um navio de segunda mão de marinhas como a francesa (caso recente do porta-aviões São Paulo), a britânica e a americana.
A corveta brasileira Purus -renomeada "LT Gen. Dimo Hamaambo"-, com quase meio século de idade, será o primeiro navio da nascente marinha da Namíbia.
A cerimônia deve ocorrer na Base Naval de Aratu, próxima a Salvador, com a presença dos ministros da Defesa e comandantes navais dos dois países.
A marinha da Namíbia, país do Sudoeste da África, de onde o navegador Amyr Klink partiu remando para o Brasil, pode ser descrita como um "filhote" da sua colega brasileira -assim como esta foi uma espécie de cria da Marinha Real britânica no distante 1822.
Os namibianos, em 1992, pediram para ser treinados pelos brasileiros para criar a ala naval de suas forças de defesa. Desde então, vários guarda-marinhas namibianos foram formados pela Escola Naval, na ilha de Villegaignon, no Rio.


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