São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2004

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Pedetista já tinha lesão no coração, afirma médico

DA SUCURSAL DO RIO

O clínico-geral Milton Morais informou que Leonel Brizola estava com as artérias coronárias bloqueadas e que espantosamente não havia apresentado sintomas da doença antes de sofrer o infarto agudo que o vitimou.
Segundo Morais, que foi o médico de confiança do governador durante 22 anos, as graves lesões encontradas no coração de Brizola, em situações normais, provocariam uma dor impossível de ser ocultada. Mas o paciente, diz, nunca se queixou.
Segundo Morais, Leonel Brizola chegou do Uruguai na quinta-feira com infecção intestinal e forte gripe. Apresentava febre e vômitos e estava bastante debilitado.
O médico conta que a situação começou a piorar na madrugada de domingo para segunda. Depois de muita resistência, Brizola concordou em ir ao hospital. Segundo Morais, uma tomografia dos pulmões mostrou infecção respiratória (pneumonia). Foi feita ultra-sonografia do coração, mas nada de anormal foi encontrado.
Brizola estava entrando no elevador para deixar o hospital quando, segundo o médico, apresentou um edema no pulmão, significando grave insuficiência cardíaca. Novos exames confirmaram infarto agudo do miocárdio. Brizola morreu às 21h20.
O arquiteto Oscar Niemeyer aceitou desenhar o um memorial para Brizola.
(ELVIRA LOBATO)


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