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Marinho se cala em depoimento à Polícia Federal
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
Um dia depois de revelar à
CPI dos Correios supostas ligações entre petistas e contratos suspeitos, o ex-chefe
de departamento da estatal
Maurício Marinho condicionou ontem seu novo depoimento à Polícia Federal à
concessão do benefício da
delação premiada, entre outras garantias. Sem o compromisso de que seriam
cumpridas, Marinho não
respondeu as perguntas feitas pelos policiais.
A PF queria que ele explicasse a divisão da estrutura
política nos Correios, assunto que Marinho não falou
em seu primeiro depoimento à polícia. Sob proteção da
própria PF desde o depoimento à CPI, ele também seria questionado ontem sobre
contratos com agências de
propaganda.
A decisão de Marinho de
usar seu direito de se calar
frustrou os policiais. Segundo o advogado de Marinho,
ele quer "garantias de vida
para ele e para a família e garantias de trabalho".
O ex-diretor de Administração da estatal Antônio
Osório Batista depôs por sete horas à Procuradoria e
saiu sem dar entrevistas.
Fernando Godoy, ex-assessor de Batista, também prestou depoimento ontem, mas
não quis falar.
(GILMAR PENTEADO)
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