São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 2005

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Genoino nega ter fornecido dados a militares

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do PT, José Genoino, 59, negou que tenha dado aos militares que o prenderam no Araguaia informações sobre os guerrilheiros na selva ou sobre integrantes do PC do B que lideravam a ação armada na região. "Isso é mentira. Eles só me identificaram com meu nome verdadeiro cinco dias depois [da prisão]."
O petista disse que o tenente-coronel Lício Augusto Ribeiro mentiu ao falar que não o submeteu a torturas: "As denúncias de tortura estão nos documentos do livro do [jornalista] Eumano Silva e da [jornalista] Taís Moraes ["Operação Araguaia", da Geração Editorial]. São descritas as torturas, na árvore. Tem uma fotografia. Eu amarrado numa árvore."
Com veemência, ele negou, em rápida entrevista por telefone, que tenha cooperado com os militares após a prisão. "Em primeiro lugar, isso é mentira. Em segundo lugar, todos os meus depoimentos estão transcritos na Justiça Militar. Eles não tinham me identificado na hora, nem sabiam quem eu era, [levou] cinco dias para eu ser identificado", disse.
Em texto publicado há dois anos no site do PT, Genoino já abordava o assunto. "Quero repelir, com indignação, as insinuações de que meus depoimentos teriam contribuído para a localização de guerrilheiros."
No texto, ele diz ter prestado "algumas informações verdadeiras, irrelevantes para a segurança dos guerrilheiros, recheadas de invenções, com o objetivo de despistar a ação repressiva". (ST)


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