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Genoino nega
ter fornecido
dados a militares
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do PT, José Genoino, 59, negou que tenha dado aos
militares que o prenderam no
Araguaia informações sobre os
guerrilheiros na selva ou sobre integrantes do PC do B que lideravam a ação armada na região. "Isso é mentira. Eles só me identificaram com meu nome verdadeiro
cinco dias depois [da prisão]."
O petista disse que o tenente-coronel Lício Augusto Ribeiro mentiu ao falar que não o submeteu a
torturas: "As denúncias de tortura estão nos documentos do livro
do [jornalista] Eumano Silva e da
[jornalista] Taís Moraes ["Operação Araguaia", da Geração Editorial]. São descritas as torturas, na
árvore. Tem uma fotografia. Eu
amarrado numa árvore."
Com veemência, ele negou, em
rápida entrevista por telefone,
que tenha cooperado com os militares após a prisão. "Em primeiro
lugar, isso é mentira. Em segundo
lugar, todos os meus depoimentos estão transcritos na Justiça
Militar. Eles não tinham me identificado na hora, nem sabiam
quem eu era, [levou] cinco dias
para eu ser identificado", disse.
Em texto publicado há dois
anos no site do PT, Genoino já
abordava o assunto. "Quero repelir, com indignação, as insinuações de que meus depoimentos
teriam contribuído para a localização de guerrilheiros."
No texto, ele diz ter prestado
"algumas informações verdadeiras, irrelevantes para a segurança
dos guerrilheiros, recheadas de
invenções, com o objetivo de despistar a ação repressiva".
(ST)
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