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Nascimento cuida da saúde
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de atuar durante seis
anos na área criminal, ajudando a
desbaratar quadrilhas em instituições financeiras, o procurador da
República Rogério Nascimento,
do Rio, está mais satisfeito, hoje,
cuidando de processos que envolvem o direito à saúde.
Ele diz que, numa atuação conjunta com o Ministério Público
Estadual, conseguiu ampliar o
número de leitos da rede neonatal
pública. "Mais de 350 crianças foram salvas. Isso nos dá uma sensação de dever cumprido", diz.
"O resultado é mais concreto do
que o obtido na área criminal, onde a função de repressão tem apenas efeito didático", diz ele.
Nascimento, como muitos procuradores da área, escolheu o
atual ofício depois de muita dúvida entre fazer arquitetura ou direito. Estudou à noite, em universidade pública, estagiando num
escritório de advocacia.
"Ser profissional liberal não era
a cultura da família." Escolheu o
Ministério Público porque oferecia a vantagem de vir a ser o que
ele chama de "um cidadão profissional": "É aqui que eu expresso a
minha indignação como cidadão.
Eu ganho dinheiro para ser cidadão. Tenho a iniciativa que o advogado tem, para dar o primeiro
passo, com a isenção de um juiz".
"Como procurador, eu só faço
aquilo que acho que está certo."
Dos casos em que atuou, cita como o mais importante o das listas
de propinas da rede do jogo do bicho, no Rio, apreendidas na fortaleza do bicheiro Castor de Andrade. "Teve o simbolismo de expor
as mazelas da corrupção policial e
desfazer a visão romantizada do
jogo do bicho", diz.
(FV)
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