São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2000


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Limeira é a campeã na aprovação de convênios

DA REPORTAGEM LOCAL

Limeira, cidade administrada pelo tucano Pedro Theodoro Kühl (candidato à reeleição), é a campeã na aprovação de convênios no último lote liberado pelo governo de São Paulo.
A cidade conseguiu dez convênios, sendo dois na área de agricultura e oito na de educação. O município, de 234 mil habitantes, teve direito a R$ 1,32 milhão.
De acordo com a assessoria do prefeito, os convênios de educação estão prometidos desde 1998 e servirão para construção de duas escolas e reforma de quadras esportivas. Já os de agricultura foram pleiteados seis meses atrás.
Outra gestão tucana com grande número de convênios aprovados é a de Mendonça, na região de São José do Rio Preto. O pequeno município, de 4.000 moradores, conseguiu oito empenhos, totalizando R$ 305 mil.
"Minha relação com o governador, de zero a dez, é 11. Política eu vejo assim, é uma troca de gentilezas. Mas o Covas é muito democrático, ele não deixa de atender, não importa o partido", diz o prefeito João Emilio Buzzo (PSDB), que não tentará se reeleger.
Um dos municípios mais beneficiados pela liberação de recursos foi Cedral, que tem 8.000 moradores e também fica na região de Rio Preto. O prefeito de Cedral, Vitório Guidolini, é recém-chegado ao ninho tucano: até o ano passado, ele era do PFL. Candidato à reeleição, foi agraciado com seis convênios, que vieram das secretarias estaduais de Agricultura, Planejamento, Recursos Hídricos e Saúde. No total, foram R$ 580 mil.
"Eu estou batendo em cima dele (Covas) por esta verba há dois anos", afirma o prefeito. Ele diz que o fato de ser do mesmo partido de Covas pode ter ajudado.
"O governador é PSDB, nós somos PSDB, estamos trabalhando juntos. A gente tem que estar do lado da força, né? O dinheiro chega para todo mundo, mas ter amizade (com Covas) é melhor."
Em Guapiara, na região do Alto Vale do Ribeira, o prefeito tucano, Walter Martins de Oliveira, também recebeu seis convênios de uma só tacada. Padre, ele diz ter feito uma "via sacra" -com direito até a pedido de ajuda a dom Paulo Evaristo Arns- por uma verba de R$ 2 milhões, solicitada há mais de dois anos.
Conseguiu menos da metade, grande parte liberada na última assinatura dos convênios.
"O grosso da verba saiu agora, mas grande parte dela não recebemos ainda. Espero que o dinheiro chegue, porque a gente quer terminar bem o mandato", diz o prefeito, que não quer a reeleição. A cidade tem 20 mil habitantes.
Já para Birigui, com 100 mil habitantes, foram aprovados cinco convênios, no valor total de R$ 900 mil. "O governo Covas, independentemente do partido, tem atendido (os prefeitos) de uma forma geral. O nosso relacionamento com ele é dos melhores. Isso sempre ajuda a conseguir os convênios, porque há uma proximidade política e pessoal", declara o prefeito, José Roberto dos Santos, candidato à reeleição.


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