|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Souza foi seminarista no Paraná
DA REPORTAGEM LOCAL
Atropelado quando voltava de
um jogo de futebol no interior do
Paraná, o então seminarista Luiz
Francisco de Souza usou platina
durante seis anos. Seus movimentos ficaram comprometidos. Até
recentemente ele tinha dificuldade de articular o braço direito.
O futebol brasileiro não perdeu
nada. Míope, ele não via a bola.
"Corria atrás do atacante", diz.
Sem firmeza nas pernas, interrompeu as provações obrigatórias dos jesuítas. A ordem de Santo Inácio de Loyola perdeu um
noviço. O Ministério Público ganharia um missionário, implacável perseguidor de corruptos.
Deve-se a Luiz Francisco a cassação e a prisão do ex-deputado
Hildebrando Pascoal e a rápida
passagem do ex-senador Luiz Estevão pela carceragem da PF.
Luiz Francisco escreve com certa dificuldade, o que compensa
usando um computador comandado por voz, adquirido com seus
vencimentos. Solteiro, mora com
os pais, dirige um Fusca ano 86
(outro, modelo 82, deu ao irmão).
Acusado por Estevão de espancar uma mulher num motel, pediu para ser investigado: "Jamais
espanquei qualquer pessoa. Estive no tal motel. A suposta "vítima"
dizia que iria desvendar tramas e
"contar tudo sobre ligações escusas, corruptas de políticos". Não
houve ato sexual, graças a Deus.
Quando desconfiei do fato de
(ela) não falar, quis ir embora e a
suposta "vítima" começou a gritar.
Aí, desesperado com a situação
escandalosa, fui eu quem corri e
chamei a gerência e empregados e
pedi que testemunhassem".
Texto Anterior: Bonsaglia já foi ameaçado Próximo Texto: Blat atuou no caso Favela Naval Índice
|