São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2000


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Souza foi seminarista no Paraná

DA REPORTAGEM LOCAL

Atropelado quando voltava de um jogo de futebol no interior do Paraná, o então seminarista Luiz Francisco de Souza usou platina durante seis anos. Seus movimentos ficaram comprometidos. Até recentemente ele tinha dificuldade de articular o braço direito.
O futebol brasileiro não perdeu nada. Míope, ele não via a bola. "Corria atrás do atacante", diz. Sem firmeza nas pernas, interrompeu as provações obrigatórias dos jesuítas. A ordem de Santo Inácio de Loyola perdeu um noviço. O Ministério Público ganharia um missionário, implacável perseguidor de corruptos.
Deve-se a Luiz Francisco a cassação e a prisão do ex-deputado Hildebrando Pascoal e a rápida passagem do ex-senador Luiz Estevão pela carceragem da PF.
Luiz Francisco escreve com certa dificuldade, o que compensa usando um computador comandado por voz, adquirido com seus vencimentos. Solteiro, mora com os pais, dirige um Fusca ano 86 (outro, modelo 82, deu ao irmão).
Acusado por Estevão de espancar uma mulher num motel, pediu para ser investigado: "Jamais espanquei qualquer pessoa. Estive no tal motel. A suposta "vítima" dizia que iria desvendar tramas e "contar tudo sobre ligações escusas, corruptas de políticos". Não houve ato sexual, graças a Deus. Quando desconfiei do fato de (ela) não falar, quis ir embora e a suposta "vítima" começou a gritar. Aí, desesperado com a situação escandalosa, fui eu quem corri e chamei a gerência e empregados e pedi que testemunhassem".


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