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Alckmin cobra colaboração da União
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou
ontem que ele e seus colegas abriram mão de sua "autonomia fiscal" para ajudar o país e defendeu
a partilha da Cide (contribuição
dos combustíveis) e da CPMF
(imposto do cheque) entre União,
Estados e municípios.
Segundo ele, o Planalto utiliza
um artifício semântico para se recusar a dividir os dois tributos,
hoje de competência da União.
"Na questão da Cide e da CPMF,
os Estados e municípios devem
ter uma pequena participação. Na
realidade, são impostos que têm
nome de contribuição exatamente para não serem divididos com
Estados e municípios."
O governo concordou em transferir aos Estados parte da Cide,
mas se recusa a partilhar a CPMF.
Alckmin, no entanto, disse que
ainda confia na possibilidade de
governadores e Planalto chegarem a um acordo antes do relatório final da reforma tributária ser
apresentado no Congresso.
"[A negociação] Não empacou
não, essas coisas não se resolvem
assim em uma reunião, é preciso
ter um pouco de paciência."
Alckmin tem sido representado
nas negociações pelo governador
de Minas, Aécio Neves (PSDB).
"Nós governadores estamos
abrindo mão de autonomia administrativa e financeira porque, ao
invés de legislarmos sobre o único
imposto que nós temos, o ICMS
[Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços], estamos
permitindo que o governo federal
legisle. É para ajudar o Brasil."
O deputado federal Walter
Feldman (PSDB-SP), espécie de
porta-voz de Alckmin na Comissão Especial da Reforma Tributária, disse estar preocupado com a
possibilidade de São Paulo sair
prejudicado das negociações em
andamento na Câmara.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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