DA SUCURSAL DO RIO

A percepção de corrupção no governo federal atingiu 78%, segundo o Datafolha, um crescimento de oito pontos percentuais em relação à pesquisa de 16 de junho. É mais que o dobro do registrado em março de 2004, quando 32% diziam existir casos de corrupção no governo.
Para 48% dos entrevistados, a corrupção ficou igual depois da saída de Fernando Henrique Cardoso da Presidência e da entrada de Luiz Inácio Lula da Silva. Para 24% diminuiu e para 22% aumentou.
Na comparação com pesquisas realizadas no governo anterior, a sensação atual de corrupção é maior. Em março de 2001, 71% diziam haver corrupção no governo tucano. Essa taxa recuou para 69% em maio de 2002.
O governo Lula começou com uma expectativa de corrupção menor, mas saltou para 65% dos entrevistados dizendo haver corrupção do governo na pesquisa concluída em 1º de junho.

Responsabilidade
São semelhantes as opiniões sobre a eventual responsabilidade de Lula e de FHC frente aos casos de corrupção, demonstra o Datafolha.
Para 31%, Lula tem muita responsabilidade e, para 49%, um pouco de responsabilidade. Em maio de 2002, 33% afirmavam que Fernando Henrique Cardoso tinha muita responsabilidade por casos de corrupção e 51% diziam que tinha um pouco de responsabilidade.
O governo FHC enfrentou duas grandes acusações de corrupção. A primeira foi a compra de votos de parlamentares para aprovar a emenda que instituiu a reeleição, em 1996.
A segunda foi o suposto tráfico de influência exercido pelo então secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge Caldas, em 1999.


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