da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniu ontem pela manhã com os articuladores políticos do governo, no Palácio da Alvorada, para discutir as prioridades no Congresso para o segundo semestre. A proposta de imposto para beneficiar os pobres, feita pelo presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), não foi tratada.
Depois da reunião, o ministro Pimenta da Veiga (Comunicações), ao ser questionado sobre a possibilidade de a idéia entrar na agenda do governo, se limitou a responder que não havia projeto apresentado sobre o tema.
A regulamentação do imposto sobre grandes fortunas, de autoria de FHC (projeto apresentado em 1989, quando era senador), também não foi incluída entre as prioridades. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Pimenta afirmou que os "cuidados sociais" do governo são grandes. "Tudo que o governo faz tem como objetivo o social."
Além do ministro, participaram do encontro com FHC o secretário-geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, e o ministro Pedro Parente (Casa Civil).
"Estamos discutindo os principais assuntos para a retomada dos trabalhos do Congresso (em agosto), como reforma tributária, Lei de Responsabilidade Fiscal e lei postal", disse Pimenta.
Outro ponto citado como prioritário foi a reforma política. "Ficamos de conversar na semana que vem para aprofundar", completou o ministro.


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