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CAMPANHA
Sem citar nomes, diz que tucano "está mentindo" e petista é inexperiente
Ciro ataca Serra e Lula, após condenar "agressividade"
LUCIO VAZ
ENVIADO ESPECIAL A RIO VERDE (GO)
O presidenciável Ciro Gomes
(PPS) condenou ontem, em comício em Rio Verde (GO), a
"agressividade" e o "ódio" dos
seus adversários no horário eleitoral gratuito, mas acabou atacando José Serra (PSDB) -a quem
acusou de estar "mentindo", sem
citá-lo nominalmente.
"Vocês vêem a agressividade, o
ódio com que eles me atacam.
Mas nenhum deles, nem uma vez,
levantou uma palavra sequer contra a minha honestidade, contra a
forma correta de resolver os problemas do povo", afirmou.
Ciro disse que o horário eleitoral foi tomado por "promessas
falsas" que "insultam a dignidade
do povo". "Um dos meus ilustres
adversários, talvez por inexperiência -porque ele pelo menos
eu sei que é honesto-, está prometendo criar 10 milhões de empregos. O outro, que sei que está
mentindo, está prometendo criar
8 milhões." Referia-se respectivamente a Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e ao candidato tucano.
"Isso é uma indignidade que eu
não tenho coragem de fazer. O
que posso lhes prometer é uma vida limpa", disse, num comício relâmpago, após carreata. A namorada de Ciro, Patrícia Pillar, foi
muito saudada pelos eleitores.
O candidato foi recebido pelo
prefeito Paulo Roberto Cunha
(PTB), principal líder da Frente
Trabalhista no Estado. Cunha foi
o coordenador da campanha de
Fernando Collor de Mello no Estado em 1989.
Questionado sobre possíveis semelhanças entre Collor e Ciro,
Cunha afirmou que os dois são
"afirmativos, decididos", mas
acrescentou que "Ciro soube
coordenar melhor os apoios políticos, o que faltou a Collor".
Mato Grosso
Em comício em Rondonópolis
(MT) para cerca de 15 mil pessoas,
segundo os organizadores, Ciro
voltou a citar a "inexperiência" de
Lula: "Quem promete criar 10 milhões de empregos, como um dos
meus adversários, não entende
nada do que está falando".
E lembrou a epidemia de dengue ocorrida no início do ano,
quando Serra ainda era ministro
da Saúde: "Epidemias medievais
estão voltando com toda a força",
afirmou, citando, além da dengue
"em centros urbanos", a "malária
no Norte" e o "cólera no Nordeste". Anteontem Serra chamara Ciro de "governador do cólera".
O candidato a governador pelo
PPS Blairo Maggi, um dos maiores sojicultores do país, acompanhou Ciro. Durante o evento, o
presidenciável não quis assinar a
"Carta da Produção", apresentada por produtores de grãos, que
enumera medidas para aumentar
a produção. "Não assinei hoje
porque tenho que ler", disse.
Patrícia Pillar, que inicialmente
não iria falar no comício, acabou
dando uma declaração no final. A
namorada afirmou ter "certeza de
que o Ciro vai empenhar toda a
sua energia para trabalhar pelas
pessoas carentes". E pediu: "Votem no Ciro, que ele é um cara
muito bacana".
À noite, em Cuiabá, o presidenciável disse em comício: "Não esperem milagres. Essa gente desarrumou totalmente a casa". Segundo Ciro, seriam necessários cerca
de seis meses para arrumá-la.
Colaborou JULIA DUAILIBI, Enviada Especial a Rondonópolis (MT)
A repórter JULIA DUAILIBI e o repórter
fotográfico LUIZ CARLOS MURAUSKAS
viajaram de Rondonópolis a Cuiabá a
convite da campanha de Ciro Gomes
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