São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 2002

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Somente três corpos foram identificados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dos 160 desaparecidos durante o regime militar, apenas três corpos foram identificados até hoje e entregues às famílias. No Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal em Brasília, há três ossadas que permanecem guardadas em caixas há seis anos.
O caso foi revelado pela Folha em setembro do ano passado e até hoje não foi resolvido. Duas ossadas foram retiradas de uma cova clandestina em Sororó (PA). A outra estava no cemitério de Xambioá (PA), sem identificação. Suspeita-se que uma delas seja João Carlos Haas Sobrinho, médico e integrante da guerrilha do Araguaia, morto em 1972, aos 31 anos. Uma terceira pessoa poderia ser reconhecida, mas não houve exumação a pedido da família. Milton Palmeira de Castro, do Rio Grande do Sul, estaria enterrado em Juiz de Fora (MG).
A assessoria de imprensa da PF informou que o departamento é um "depositário" das ossadas. A análise dos ossos não foi feita porque a comissão não a solicitou, segundo a PF. O Ministério não respondeu até o fechamento da edição.
A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, instalada em 1996 no Ministério da Justiça, recebeu 366 pedidos de indenização. Foram 280 autorizados e 86 negados.
O volume de recursos chega a R$ 31,4 milhões. Familiares têm até 12 de dezembro para pedir indenização.



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