São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 2002

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PT obtém direitos de resposta contra tucano

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT obteve no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dois direitos de resposta no programa do presidenciável do PSDB, José Serra. Uma das decisões é favorável ao candidato petista à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e a outra, ao presidente do PT, José Dirceu. Elas dependem de confirmação do plenário do tribunal.
O ministro-auxiliar José Gerardo Grossi autorizou a aparição de Lula no programa de Serra por causa da parte da propaganda tucana que comenta a exigência de diploma de curso superior para concurso de fiscal de rua realizado pela Prefeitura de São Paulo.
A outra decisão é do ministro-auxiliar Caputo Bastos, beneficia Dirceu e foi motivada pela exibição de uma declaração dele, dada em 2000, seguida de cenas de grevistas agredindo o então governador de São Paulo, Mário Covas, que morreu em 2001.
A expectativa do advogado do PT José Antonio Toffoli é que, no primeiro caso, Dirceu tenha duas respostas, de um minuto e 33 segundos cada uma, e Lula, um minuto. O número de aparições depende da quantidade de vezes em que o ataque foi feito.
Os dois ministros consideraram que, da forma como foram veiculados, os ataques implicaram ofensa ao Lula ou a Dirceu.
No caso do diploma, Grossi levou em conta a frase que foi dita em seguida pelo locutor: "Lula: ou ele esconde o que pensa, ou não sabe o que diz".
A exibição das cenas de Dirceu e das agressões a Covas já havia sido proibida por Bastos, mas a campanha de Serra divulgou uma versão modificada. A pedido de Dirceu, o presidente do TSE, ministro Nelson Jobim, reiterou a proibição, neste final de semana.
Desde 17 de setembro, quando a campanha do presidenciável tucano começou a atacar Lula no horário eleitoral gratuito, o PT moveu inúmeras representações no TSE. Foram contestados cinco dos seis programas de TV veiculados até sábado.
Serra está proibido, por liminar, de repetir a inserção que mostra cenas de Lula na campanha de 1998 prometendo criar 15 milhões de empregos, também acompanhadas da frase "Lula: ou ele esconde o que pensa ou não sabe o que diz". (SILVANA DE FREITAS)



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