São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 2002

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SP se divide sobre violência da PM

DA REDAÇÃO

Os paulistas estão divididos sobre qual deveria ser o grau de violência da Polícia Militar, se maior ou menor do que o atual, revela pesquisa Datafolha feita no Estado na última sexta-feira.
No levantamento, 47% dos entrevistados disseram que a PM deveria ser menos violenta do que hoje, e 41%, que deveria ser mais; 13% não souberam responder.
Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, é possível que as duas taxas sejam de 44%. Mas é mais provável que o contingente dos que consideram que a PM deveria ser menos violenta seja majoritário. De qualquer forma, não há tendência clara na população.
A pesquisa mostrou que há uma diferença de visão entre os eleitores dos principais candidatos ao governo paulista.
Dos que pretendem votar em Geraldo Alckmin (PSDB), como na média do Estado, 47% acham que a PM deveria ser menos violenta, e 41%, o contrário. No caso os eleitores de Paulo Maluf (PPB), 41% pregam menos violência da PM, e 48%, mais; entre os de José Genoino (PT), 55% pedem menos violência, e 35%, mais.
A pesquisa mostrou que 59% dos entrevistados dizem que a questão da segurança pública tem muito influência na hora de decidir o voto para o governo do Estado; 24%, um pouco de influência; e 14%, nenhuma influência.
Nesse quesito, Maluf leva vantagem. Dos entrevistados, 35% consideram o pepebista o mais preparado dos candidatos para combater a violência; 27% consideram Alckmin; e 15%, Genoino.
A taxa de Maluf está acima dos 29% de intenções de voto que obteve, e as de Alckmin e Genoino ficam abaixo dos 31% e 22% que obtiveram, respectivamente.
Uma leitura possível é que, se a questão da segurança pública fosse a única que importasse para o eleitor, Maluf estaria isolado na frente na sucessão estadual.
(RENATO FRANZINI)


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