São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2004

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Para Serra, choro foi "figuração e truque'

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB à prefeitura, José Serra, chamou ontem de "figuração e truque pré-eleitorais" o choro da adversária Marta Suplicy (PT). Segundo Serra, não existe perseguição a Marta por ela ser mulher. Mas "o que está em julgamento é a administração dela. O estilo e o jeito que governa".
Em visita à zona leste, o tucano disse que essa era "uma apelação, uma conversa fiada". Para ele, o que está em debate é a situação de São Paulo. Por exemplo, o mau funcionamento do posto de saúde de Guaianazes. Acusando a petista de terceirizar ataques, como os do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), Serra disse que o gesto de Marta "é típico de baixaria".
Marta acusou Serra de "falta de respeito pelo sentimento das pessoas". Dizendo-se surpresa com a indignação dos petistas João Paulo e Marcelo Déda "com a falta de percepção de tantos cidadãos do que foi feito", Marta afirmou que "a idéia é que falassem para nordestino, mas acabaram falando para a alma do paulistano".
Ao lado do presidente do PPS, Roberto Freire, e do deputado Raul Jungman, Serra circulou, em carro aberto, por dois conjuntos habitacionais. O candidato trocou de carro, optando por um fechado, quase no fim da carreata. "Tinha gente jogando pedra, parece. E preferimos não nos expor às provocações", contou Freire.
Um dos coordenadores da campanha, o deputado Edson Aparecido confirmou que, no início da carreata, lançaram ovos, mas não a ponto de atingir o carro do candidato. "Foi o pessoal do PT. Não tem jeito", disse ele, numa referência às peruas de campanha de Marta no trajeto da carreata.
Para a atividade, o PSDB arregimentou prefeitos do Alto Tietê, inclusive do PL. Freire disse que o PPS está "a ponto de romper com o governo" de tão incomodado com a política econômica. Ele também acusou o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) de ser "mais leal ao governo" e "desrespeitar o partido" ao pregar o voto em Marta.


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