|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FHC tenta evitar resistência de militares contra pasta da Defesa
da Sucursal de Brasília
A fase de transição para a criação
do Ministério da Defesa foi planejada pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso para desarmar
a resistência dos militares à criação
da nova pasta.
O senador Elcio Alvares (PFL-ES) será nomeado ministro extraordinário da Defesa por medida
provisória e ficará nessa condição
até o surgimento formal do novo
ministério, que concentrará as três
Forças -Exército, Marinha e Aeronáutica- e o Estado-Maior das
Forças Armadas.
A criação da pasta depende da
aprovação de lei complementar
pelo Congresso, mas enfrenta resistências dos militares, que temem a perda de poder.
O governo quer a aprovação do
projeto ainda em janeiro, durante
a convocação extraordinária do
Congresso.
Os atuais ministros ficarão interinamente no cargo durante a
transição. Depois serão comandantes de cada Força, subordinados ao ministro civil.
²
Casa Militar
Para facilitar a transição, o presidente Fernando Henrique Cardoso manteve o general Alberto Cardoso na chefia da Casa Militar, mas
tirou o status de ministro que ele
teve no primeiro mandato.
Assim, nenhum militar será ministro de Estado, ninguém ficará
acima do ministro da Defesa.
Elcio Alvares terá de se desfiliar
do PFL para assumir o cargo.
Pesa contra ele a derrota nas últimas eleições -ficou em segundo,
atrás de Paulo Hartung (PSDB)-,
em que concorreu novamente a senador. Ele também não prestou
serviço militar.
A criação do Ministério da Defesa estava prevista no programa de
governo de FHC para o primeiro
mandato, preparado em 1994.
O nome do vice-presidente Marco Maciel foi inicialmente cogitado, mas foi vetado pelo PFL.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|