|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Operação suspeita de processo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Operação Anaconda localizou pelo menos um processo judicial em que as funções do subprocurador-geral da República
Antônio Augusto Cesar se confundiram com as do advogado
"AAC", como ele é citado em documentos apreendidos pela polícia no escritório de advocacia do
qual seria sócio em São Paulo.
Segundo a PF, "consta a atuação
de AAC como representante do
MPF em ação de habeas corpus
impetrado por César Herman perante o STJ no interesse do paciente Soliman Taman".
Antônio Augusto diz que, como
subprocurador, se opôs duas vezes à revogação da prisão de Taman, ex-cliente de Rodriguez.
Imóveis negociados
"Não temos nada a ver com isso", diz Gisele Janho Taman, mulher do comerciante.
"Quando o meu marido viu o
[agente federal] César Herman
preso na TV, até comentou comigo: "Só falta nos envolverem nessa
história'", afirmou.
Para o casal, quem advogava
para Soliman era Rodriguez, e
não o subprocurador, a quem Gisele disse nunca ter conhecido.
O sudanês Soliman Taman enfrentou sérios problemas financeiros em suas empresas. "Quebramos", afirmou Gisele. Essa situação, ainda segundo a mulher
de Soliman, provocou processos
judicias para cobrança de dívidas.
Rodriguez também atuou na defesa de Soliman nesses processos.
Além disso, segundo Gisele, ele
moveu uma ação para tentar obter a cidadania brasileira para Soliman. "Há anos não temos mais
relacionamento com o Herman,
nos afastamos dele", disse Gisele.
Na época em que Rodriguez advogava para o casal, Soliman vendeu dois imóveis para o agente federal: 50% de imóvel no Guarujá
(SP), parte avaliada em R$ 130
mil, e um apartamento em Porto
Feliz (SP), avaliado em R$ 47 mil.
(FV e RV)
Texto Anterior: Outro lado: "Não falei como advogado" Próximo Texto: Elio Gaspari Índice
|