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FORÇAS ARMADAS
Exército revê
doutrina para
a Amazônia
RICARDO BONALUME NETO
enviado especial ao Rio
O Exército brasileiro está dando
os retoques finais em uma nova
doutrina de emprego de forças militares na região que hoje é sua
prioridade: a Amazônia. A chamada Doutrina Gama para operações
na selva procura fechar uma lacuna tática e estratégica nas concepções de guerra na região, contra
inimigos externos ou internos.
Nos últimos anos, com as pressões internacionais sobre o Brasil
se avolumando com a divulgação
dos índices de destruição da floresta amazônica, o Exército despertou para a fraqueza da defesa
militar da região, e está agora reforçando o efetivo local.
A doutrina complementa aquilo
que já existe no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs). ``O
Cigs nasceu de baixo para cima'',
disse ontem em uma palestra no
Rio o general Roberto Jugurtha
Câmara Senna. "Agora estamos
introduzindo uma concepção estratégica e tática'', disse ele, durante a Latin America Defentech, feira
internacional de material bélico
realizada no Riocentro.
Ação das unidades
Ou seja, o Cigs se concentrou em
treinar o combatente individual
para sobreviver e combater na selva, mas não se preocupou em definir como seria o modo de ação de
suas grandes unidades -divisões,
brigadas, batalhões etc.
O Exército tem quatro brigadas
(unidades variando entre 2.000 a
5.000 homens cada) na região, e
pretende aumentar esse número,
transferindo-as do Sul e Sudeste.
Outra prioridade local é completar uma base aérea própria em Manaus. Hoje a Aviação do Exército,
outra prioridade de desenvolvimento nos próximos anos, utiliza
as instalações da FAB. Os helicópteros do Exército são peça fundamental na movimentação de tropas na extensa região.
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