São Paulo, sábado, 25 de abril de 1998

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Covas diz que aceita colaborar mais

EMANUEL NERI
da Reportagem Local

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), disse ontem que, se Fernando Henrique pedir, ele poderá dedicar parte de seu tempo à tarefa que antes era feita pelo ministro Sérgio Motta.
"Cada um de nós vai fazer dentro do PSDB o papel que compete fazer", disse Covas. "Vou continuar como sempre estive, à disposição do PSDB. Se o presidente (FHC) entender que precisa mais da presença da gente lá, estamos disponíveis para ajudar."
Covas deu essas declarações na tarde de ontem, ao visitar obras da linha de metrô e de trens na zona sul de São Paulo. Viajou em um dos 48 trens doados pela Espanha, cuja reforma, no valor de R$ 101 milhões, é motivo de investigação do Tribunal de Contas do Estado.
Covas afirmou que, por ser governador e candidato à reeleição, não tem muito tempo disponível para desenvolver a mesma tarefa de Motta. Para ele, o papel de articulador deve ser feito por alguém que, a exemplo de Motta, não estivesse disputando cargo eletivo.
"Quem tem de resolver é o presidente. A gente pode oferecer aquilo que ele entender necessário, como ir mais a Brasília", afirmou Covas. "Se (FHC) entender que a gente precisa ficar mais presente, a gente fica", declarou.
Além de Covas, o governador do Ceará, Tasso Jereissati, e o ministro da Saúde, José Serra, são apontados como substitutos de Motta na tarefa de articulador entre o PSDB e o governo federal. Covas acha que esse processo pode ser feito por mais de um tucano.
"Nem pense que alguém pode fazer aquilo que o Sérgio Motta fazia", disse o governador. "Mas cada um de nós que tem suas responsabilidades tem de reequacionar as coisas e dar sua contribuição, se for necessário."
A sucessão de Motta deverá ser tema de conversa de líderes tucanos que virão hoje a São Paulo para participar da missa de sétimo dia pela morte do ministro.



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