|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Covas diz que aceita colaborar mais
EMANUEL NERI
da Reportagem Local
O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), disse ontem
que, se Fernando Henrique pedir,
ele poderá dedicar parte de seu
tempo à tarefa que antes era feita
pelo ministro Sérgio Motta.
"Cada um de nós vai fazer dentro do PSDB o papel que compete
fazer", disse Covas. "Vou continuar como sempre estive, à disposição do PSDB. Se o presidente
(FHC) entender que precisa mais
da presença da gente lá, estamos
disponíveis para ajudar."
Covas deu essas declarações na
tarde de ontem, ao visitar obras da
linha de metrô e de trens na zona
sul de São Paulo. Viajou em um
dos 48 trens doados pela Espanha,
cuja reforma, no valor de R$ 101
milhões, é motivo de investigação
do Tribunal de Contas do Estado.
Covas afirmou que, por ser governador e candidato à reeleição,
não tem muito tempo disponível
para desenvolver a mesma tarefa
de Motta. Para ele, o papel de articulador deve ser feito por alguém
que, a exemplo de Motta, não estivesse disputando cargo eletivo.
"Quem tem de resolver é o presidente. A gente pode oferecer
aquilo que ele entender necessário, como ir mais a Brasília", afirmou Covas. "Se (FHC) entender
que a gente precisa ficar mais presente, a gente fica", declarou.
Além de Covas, o governador do
Ceará, Tasso Jereissati, e o ministro da Saúde, José Serra, são apontados como substitutos de Motta
na tarefa de articulador entre o
PSDB e o governo federal. Covas
acha que esse processo pode ser
feito por mais de um tucano.
"Nem pense que alguém pode
fazer aquilo que o Sérgio Motta fazia", disse o governador. "Mas
cada um de nós que tem suas responsabilidades tem de reequacionar as coisas e dar sua contribuição, se for necessário."
A sucessão de Motta deverá ser
tema de conversa de líderes tucanos que virão hoje a São Paulo para participar da missa de sétimo
dia pela morte do ministro.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|