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ORÇAMENTO
Projeto obriga governo a preservar CPMF em 98 ou encontrar outra forma de financiamento para o setor
Governo terá de manter gasto com saúde
da Sucursal de Brasília
A Comissão Mista de Orçamento
do Congresso aprovou ontem projeto que obriga o governo a manter
a CPMF (Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira)
no ano que vem ou encontrar outra forma de financiamento para
os gastos com saúde.
O projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), votado ontem
na comissão, determina que em 98
seja aplicado em saúde, no mínimo, o mesmo volume de recursos
autorizados para este ano.
Em 97, os gastos na área de saúde
estão estimados em R$ 20 bilhões,
dos quais R$ 5,6 bilhões deverão
vir da CPMF, segundo previsão da
equipe econômica.
Com a manutenção do mesmo
volume em 98, o governo deverá
encontrar uma forma para substituir os cerca de R$ 5,6 bilhões que
deixarão de ser arrecadados com o
fim da CPMF -que, a princípio,
só será cobrada neste ano.
O governo poderá prorrogar a
CPMF por um ano ou encontrar
nova forma de financiamento.
Existe ainda a alternativa de o
presidente Fernando Henrique
Cardoso vetar o artigo que mantém para o ano que vem o mesmo
volume de gasto em saúde de 97.
Ontem, o representante do governo na comissão, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), fechou
acordo com lideranças partidárias
para que a LDO seja aprovada hoje. A LDO fixa parâmetros da lei
orçamentária.
O governo se comprometeu a
não tentar derrubar o artigo em
plenário e os partidos de oposição
se dispuseram a votar favoravelmente ao projeto substitutivo elaborado pelo relator da LDO, deputado Sarney Filho (PFL-MA).
A LDO também obriga que o governo apresente de forma clara os
custos do Proer e o dinheiro repassado a Estados e municípios por
meio de bancos federais e agências
de fomento. Além disso, as dotações orçamentárias destinadas ao
pagamento de precatórios só poderão ser usadas para esse fim.
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