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PRIVATIZAÇÕES
Almirante Henrique Saboya está na lista de 57 afastados
Ex-ministro da Marinha é
um dos demitidos da Vale
FERNANDO PAULINO NETO
da Sucursal do Rio
O almirante Henrique Saboya,
71, ministro da Marinha entre 1985
e 1990 (governo José Sarney), e
presidente da Docenave, subsidiária da Vale do Rio Doce, disse que
já foi comunicado pela direção da
Vale que será demitido.
Saboya, que é presidente da empresa desde 93, disse ter sido convidado para trabalhar na Vale pelo
presidente Itamar Franco. Ele permaneceu no cargo no governo
Fernando Henrique Cardoso. "Já
fui informado de que não serei reconduzido", disse.
A Vale vai demitir 57 diretores e
membros de conselhos de administração e fiscal que não são funcionários de carreira da empresa.
Segundo a Folha apurou, oito
dos nove diretores que estão nessa
situação já foram avisados.
A exceção é o ex-deputado federal Ziza Valadares (PSDB-MG),
presidente da Cenibra (Celulose
Nipo-Brasileira), que está em viagem aos Estados Unidos e deve retornar na sexta-feira. Ele assumiu
em 93 (governo Itamar).
Saboya disse que, ao deixar a empresa, vai "trabalhar no banco
Soares Marinho" (um jogo de palavras com "só ares marinhos",
para dizer que vai se aposentar e
passar os dias na praia). Ele disse
que deixará o cargo em julho.
Dois outros diretores da Docenave serão demitidos pelo mesmo
motivo: o diretor administrativo
Daílson Laranja e o diretor de sistemas Antônio Sérgio Lima Braga,
ambos admitidos em 96. Eles não
foram encontrados pela Folha.
Os outros cinco diretores indicados politicamente que serão afastados são da Florestas Rio Doce.
Entre eles, está o diretor de patrimônio, Geraldo Resende, irmão
de Eliseu Resende, ex-ministro
dos Transportes e Fazenda.
Os outros são Felipe Neri (diretor jurídico), Carlos Megalli (diretor de recursos humanos), José
Carlos da Silva Costa (diretor industrial) e Marcos Wellington de
Castro Tito (vice-presidente).
Resende, Neri, Megalli e Costa
não foram localizados. Tito disse
ser funcionário de carreira e que
"formalmente" não teve "sinal
nesse sentido" (da demissão).
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