DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Diante da oficialização de um encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) no próximo dia 7, entidades ruralistas decidiram exigir também uma audiência com o presidente, temendo uma "convulsão no campo".
A UDR (União Democrática Ruralista) e o MNP (Movimento Nacional de Produtores) irão enviar hoje ofícios ao Palácio do Planalto solicitando que seja agendada, sob caráter de urgência, uma audiência com Lula.
"Se eles [o MST] podem, também temos esse direito", afirmou o presidente nacional da UDR, Luiz Antonio Nabhan Garcia.
Segundo o presidente do MNP, João Bosco Alteiro Leal, o possível encontro com Lula será para alertá-lo da tentativa já anunciada do MST de fazer a reforma agrária com as próprias mãos.
"No dia em que tomou posse, Lula disse que iria cumprir a Constituição. Vamos exigir isso. A ameaça dos sem-terra é um precedente perigoso", disse Leal.
Para Garcia, "ninguém pode passar por cima das leis do país".
O presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), Carlos Sperotto, representante dos produtores rurais, propôs ontem, num encontro com líderes do MST, que o movimento interrompa a marcha iniciada no Estado no último dia 10. Em troca, seria abortada a caminhada que está sendo planejada pelos produtores. O MST recusou a proposta.


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