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Ex-mulher de Valdemar afirma que PL comprou "partido nanico"
DA REDAÇÃO
A publicitária Maria Christina
Mendes Caldeira, ex-mulher do
presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou ontem que ouviu
de seu ex-marido que o PL "comprou" o PST, no processo de fusão
das legendas, em 2003.
Ela afirma que naquele ano, logo depois de sofrerem um acidente de avião, Valdemar havia dito
em tom de brincadeira que Marcílio Duarte (então presidente do
PST), quase teve um infarto por
medo de que o suposto acordo financeiro não se cumprisse.
"Logo depois que a gente caiu
do avião, o Valdemar virou e disse, rindo: "o Marcílio quase infartou". Perguntei "por que?" e ele,
"porque o filho dele ligou para ele
[Marcílio] e disse que a gente tinha caído de avião. Eu tinha prometido um dinheiro e, se tivesse
morrido, ele não receberia.'"
Segundo Maria Christina, seu
ex-marido justificou o suposto
pagamento dizendo que precisaria compensar Marcílio por ter
abrido mão do PST, para que o
partido fosse incorporado ao PL.
Ela diz ter informações que poderiam "ser parte do quebra-cabeças" das denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ)
sobre o "mensalão", mas só as
contará caso seja ouvida pela CPI.
Marcílio Duarte, que é vereador
na cidade paulista de Mairinque,
negou ontem que tenha recebido
dinheiro de Valdemar e diz que
fez com ele um acordo político
que envolveu principalmente
"tempo de televisão e estrutura
partidária". A reportagem não
conseguiu contatar o presidente
do PL até o fechamento da edição.
Valdemar move contra Maria
Christina uma ação por tentativa
de extorsão. Ela diz que tentou
apenas fazer um acordo para que
ele pagasse por prejuízos que diz
ter tido com a separação.
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